31 de julho de 2005

Sugestão de férias

Se não sabem onde ir por estes dias, fiquem com as sugestões do meu passeio.
Tanto dá para ficar dois ou três dias e ver o mais importante como instalar-se por lá para uma semana bem passada, pois distracções não faltam: praia, piscina e belos passeios.

Cabo Carvoeiro

Quem vai a Peniche não pode deixar de visitar as redondezas.
O Cabo Carvoeiro é imponente, faz-nos sentir pequeninos quando olhamos para a força daquele mar todo.

Forte de Peniche (prisão)

Sem dúvida o local mais arrepiante deste passeio.Imaginar que houve pessoas que ficaram anos e anos presas naquelas celas minúsculas, sem terem feito mal nenhum a ninguém, incomoda os mais insensíveis.E de trás das grades observar cá fora o voo das gaivotas devia ser a maior tortura...

Atlantic Golf Hotel

Foi aqui que fiquei muito bem instalada (a foto foi tirada do 5.º andar, onde era servido o pequeno-almoço, por isso o hotel propriamente dito não se vê).
O hotel é enorme e esse espaço todo que vêem na foto pertence ao empreendimento e está à disposição de todos os hóspedes.
Talvez por isso havia imensas famílias com crianças porque realmente ali há boas condições para elas se entreterem.
A praia mais próxima é a Praia da Consolação.
Do outro lado de um pequeno cabo, uma praia pitoresca: a "Praia dos Coxos" Não imaginam a quantidade de velhotes com muletas que por lá estavam instalados nas rochas!
Sim, porque a tal praia não tem um grão de areia, só rochas!
Para lá chegar é preciso descer umas grandes escadas, e francamente, as pessoas com problemas de locomoção que conseguem instalar-se naqueles pedregulhos, quando finalmente chegam à estrada e conseguem andar melhor, devem ter vontade de gritar "Milagre!!"

Como durante o dia andava a laurear a pevide e só chegava ao fim da tarde ao Hotel, o local mais frequentado foi a piscina coberta (lado esquerdo da foto).
Tenho de lá voltar: só de escrever isto já estou com saudades!
E não, meu caro António, não fui às Berlengas...
Mas hei-de lá ir!

29 de julho de 2005

Mini férias

Aposto que estavam cheios de saudades minhas... (e "modesta" é o meu nome do meio)!
Pois é, mais ou menos inesperadamente resolvi fazer uma "escapadinha" de três dias para conhecer melhor Peniche que só conhecia de passagem.
Aquilo é giro.
Se lá forem fiquem no "Atlântic Golf Hotel" que tem uma piscina interior que é óptima para quando está vento e não se pode estar na praia ou na exterior...
E já agora, digam que fui eu que recomendei para ver se eles para a próxima me fazem um desconto!
Amanhã publico umas fotos para vos aguçar o apetite...

Quanto ao post anterior, não pensava estender o assunto, mas não posso deixar passar sem resposta tantos e tão diferentes comentários.
O que mais me tocou foi o da Partilhas. A ti e a outras na mesma situação que tu, tenho a dizer que são umas mulheres muito corajosas...
Deve ser uma tarefa de Hércules criar um filho sozinha. Sinceramente, eu acho que não seria capaz.
Depois também me parece que filhos de pais separados fazem um bocadinho de chantagem ora com um ora com outro para melhor conseguirem os seus intentos, sendo por isso ainda mais difíceis de educar. Se para fazer um filho são precisas duas pessoas, é porque serão também precisos dois para o educar...
Infelizmente os filhos de pais separados são cada vez em maior número: e quando digo infelizmente não é só para a criança, é também para o pai e para a mãe.
Normalmente (e não sei porquê!) são as mães que ficam com os filhos.
Um homem que passe um fim-de-semana de 15 em 15 dias com uma criança algum dia terá com ela a mesma relação que um pai diariamente presente?
Eu não acredito...
A tal "guarda conjunta" em que a criança tanto fica com o pai como com a mãe, apesar de poder baralhar as crianças que passam a ter duas casas, ainda me parece ser a melhor solução.
Mas esta solução obrigaria a que pai e mãe vivessem perto e tivessem uma relação muito boa, o que deve ser complicado de conseguir.

A mim parece-me que as criançs hoje em dia são mais difíceis de educar do que eram antigamente, por haver muita falta de respeito: respeito pela autoridade dos pais, dos professores, respeito pelo espaço dos pais e pelo seu direito ao sossego e respeito também dos pais para com os filhos.
Há muito comodismo da parte de alguns pais pois é muito mais fácil dizer "sim" e acabar com as chatices do que dizer "não" e ter de explicar porquê, e voltar a explicar, e dar uma palmada no rabo se isso for necessário e depois aturar a birra que vem a seguir...
Nós adultos temos tendência a menosprezar a inteligência das crianças, a achar que somos os donos da verdade e a não as ouvir com a atenção que devíamos.
Se fizéssemos tudo isto poupavam-se muitos dissabores, actuais e futuros.

25 de julho de 2005

Tempos livres?

Ou "tempos vai-chatear-para-outro-lado?"
Hoje nas notícias das 13 na RTP1 perguntaram a um miúdo porque estava ele no ATL ao que ele respondeu qualquer coisa como "a minha mãe não consegue aturar os dois lá em casa"!!!

Não tenho nada contra os ATL's porque para muitas famílias é o único local onde podem deixar os filhos enquanto trabalham.
Mas sei, porque sei mesmo, que muitos papás e mamãs usam os ATL's para além do tempo estritamente necessário.
Ou então inscrevem as criaturas em todas as actividades e mais algumas, desde as artes marciais à música, ao ballet, natação, esgrima, equitação, e sei lá que mais... Tudo serve de pretexto para ter os filhos mais umas horitas fora de casa, onde não chateiem.
Até já há centros de explicações que também servem de armazém, perdão, atelier, e onde até dão almoço às crianças...
Também já não há hiper que não tenha à entrada uma gaiolinha para deixar os putos enquanto os pais fazem as compras "descansados".
Ora eu acho que as crianças assistirem e participarem na tarefa das compras é uma boa oportunidade de educação: de lhes explicar que não se podem comprar todos os brinquedos que pedem porque também é preciso comprar arroz e fruta e batatas e peixe e carne...
De os deixar também "escolher" um produto que gostem porque fizeram por o merecer. Enfim, é uma boa altura para interiorizarem algumas regras de consumo...
Claro que tudo isto dá trabalho, mas quem não quer ter estes e outros trabalhos não tem filhos e pronto: assunto resolvido!

Agora vou contar duas historinhas:
História 1:
No dia da entrega das avaliações na minha escola uma mãe queixava-se "ai professora, já estou nervosa só de pensar que vou ter de aturar os três em casa. Não sei se aguento!"
Esta senhora é mãe de 3 filhos: a mais velha com 15, o do meio com 10 e a mais pequenina com 7.
Profissão da mãe: dona de casa.

História 2:
Aqui há tempos um professor de uma modalidade desportiva levou 5 ou 6 putos para um torneio.
Estava previsto que estivessem fora 3 dias, que era o tempo que o tal torneio durava.
Por tanto azar que, logo no primeiro dia de torneio, os garotos ficaram todos eliminados e regressaram a Aveiro.
O professor vai "fazer a entrega" e qual não é o seu espanto quando descobre que alguns pais tinham aproveitado a ausencia dos rebentos para ir passar uns dias ao Algarve!
Não sei todos os pormenores da história, mas sei que o professor, que nem filhos tem, se viu à nora para se ver livre dos filhos dos outros, tendo sido ainda confrontado com a indignação de alguns pais que achavam que ele tinha a obrigação de ficar com eles!

24 de julho de 2005

Choques...

Com tanta tecnologia prometida para as escolas, não fico nada admirada que um dia aconteça isto...

22 de julho de 2005

Como a Educação Sexual

nas nossas escolas nunca mais avança, aqui deixo este humilde contributo, recebido por mail da minha amiga Teresa.
Compravam-se assim uns bonequinhos e distribuiam-se pelas escolas...
Não vos parece que todos ficavam a perceber??
Ai se a solução para a Matemática fosse asim tão simples!

21 de julho de 2005

Desabafo do dia

Comecei a trabalhar com 19 anos e agora tenho as minhas perspectivas de vida futura todas viradas do avesso por causa dum gajo que se reformou com 5 anos de serviço e se cansou ao fim de 4 meses de trabalho!

(e agora devia escrever um palavrão, daqueles cabeludos, à moda de Massarelos!)

20 de julho de 2005

HarryPottermania

Desenho do Renato Rocha

Confesso que não a compreendo...
Os livros não são maus, mas daí a serem bons, vai uma enorme distância.
Confesso também que só li o primeiro, pouco depois dele ter saído e ainda muito longe de estar na moda - lembro-me que foi em Janeiro de 2000, porque comprei dois: um para oferecer a uma menina que fazia anos e outro para mim.
Gostei, mas não adorei.
Mais tarde vi um dos filmes (marcou-me tanto que já nem me lembro do nome! Era aquele que tinha um carro que voava...).

Mas, à parte o meu bom ou mau gosto, estes livros quanto mais não seja valem por um factor muito importante: pôr a miudagem toda a ler...
E como a leitura é um gosto que se cultiva, começam por ler as aventuras do aprendiz de feiticeiro e depois passam a ler obras mais interessantes...
(Agora vou abrigar-me debaixo da secretária, que já sei que vou começar a apanhar de todos os lados!!)

E não, não sou "muggle"!

18 de julho de 2005

(des)Venturas na praia

Hoje abriu a minha época de praia.
Depois do almoço (bastante depois), passei pelo Jumbo e comprei: um guarda-sol verde, uma cadeira verde e uma revista cor-de-rosa.
Chegada à praia, instalei-me na cadeira (verde) a ler a revista (cor-de-rosa).
Passados uns minutos, por causa do vento e duma borbulha gigante (vermelha) que tinha (ainda tenho) nas costas, resolvi deitar-me na toalha (azul), abrigada pelo guarda-sol-verde.
Mas o vento era demais ou o guarda-sol era de menos e dali a um bocado já estava farta da praia, da areia agarrada ao cabelo e ao corpo peganhento do protector solar.

"Vamos embora?"
Era o que o meu marido queria ouvir, mas não tinha coragem de ser o primeiro a dizer...
Uma paragem na esplanada para um café (ele), um gelado e um escaldão numa perna (eu) e foi o melhor momento de uma tarde de praia...

Amanhã, se não chover, repetimos a dose...
Oh gentinha masoquista!

Vá lá, votem...

Se não votarem, vai ganhar um gajo chamado "vizinho" e vão arrepender-se para o resto da vida...
Os vizinhos são aqueles seres chatos, que nos batem à porta a horas impróprias a pedir uma coisa que não queremos emprestar...
São aqueles que ou têm o bebé a chorar, ou o cão a ladrar, ou o periquito a piar...
São aqueles que nos roubam o lugar de estacionamento na garagem e nos entopem o correio com os papéis que tiraram das suas próprias caixas...
São aqueles que estendem a roupa molhada aempre na altura em que a nossa estava seca, ou então sacodem as migalhas da toalha para cima da nossa roupa molhada...

(Pronto, isto sou eu a imaginar porque não tenho vizinhos...)

Imagem DAQUI

17 de julho de 2005

Mais ou menos férias

As férias começam a fazer-se notar no reino da blogosfera: menos post's, menos comentários, menos votos no meu nick (snifff, snifff).
Há também uns blogs que pararam, não se sabe se temporariamente ou não.
Entretanto outros há que aparecem.
É o caso destes Ursos à solta que merecem uma visita...
Uma frase roubada de lá:

«Com que então faz parte dos tais que não gostam de matemática?
Se já não é infeliz irá ser!
Os bons empregos são de quem gosta de matemática.
Você não presta, irá viver do Rendimento Mínimo Garantido o resto da vida, é um ser descompensado, com uma falha, cidadão desqualificado, de segunda, vítima de professores incompetentes e do pouco tempo que passou na escola.»


    Piada do dia:
    Dois mercados iam a passear.
    De repente, um levanta voo.
    Como se chama?
    Supermercado!

15 de julho de 2005

Ainda os ciganos

O assunto não era para continuar, mas depois de tantos comentários não posso deixar de fazer a "parte 2" para clarificar bem a minha posição:

Desde há sete anos que tenho alunos ciganos.
Sempre mantive boas relações com eles e com as famílias.
(Com as famílias que vêm à escola porque também há as que nunca vi.Normalmente a família são os irmãos e a mãe, porque o pai está na cadeia ou vice-versa.)

Estes que roubaram a máquina fotográfica fazem parte de uma família com pai, mãe e 7 irmãos (o mais novinho fiquei a conhecê-lo pelas fotos!! - vai-te rindo Didas - e são dos que até vêm à escola se forem chamados).

O mais velho foi meu aluno há dois anos e foi aí que começaram os roubos: limpeza à minha carteira, à da minha colega (duas vezes a cada uma que nós demorámos a aprender) e o telemóvel a outra.
Isto sem falar de pequenos furtos ao material dos colegas, ao material da escola e até ao leite da escola.
Antes que comecem a pensar "tadinhos, roubam porque têm fome", eu aviso já que não, não têm fome.
Os lanches deles são avantajados e muitas vezes trazem daquelas coisas fritas que são bastante caras. Até chegam ao ponto de trazer bebidas de lata, incluindo Coca-cola.
Quanto ao leite, muitas vezes serve-lhes apenas para andar com os pacotes a "esguichar" os colegas.

Há uns anos, quando era eu que preenchia os papéis dos subsídios, esta família recebia mais de cem contos por mês de rendimento mínimo!
Uma vergonha, atendendo a que eu preenchia os papéis de outros meninos que tinham o pai ou a mãe a trabalhar numa fábrica e ganhavam metade!
Além disso, os que vivem do rendimento mínimo têm automaticamente direito a um subsídio da Câmara para livros e material escolar - ao contrário dos filhos dos trabalhadores que têm de preencher e de tratar de tantos papéis que a maioria desiste por falta de tempo!
Esse subsídio permite-lhes ter os livros de graça assim como passeios, teatros e ainda material escolar para todo o ano...

Eu não sou racista, nem xenófoba, não vale a pena irem por aí...
Agora o que eu sou, ou pelo menos tento ser, é justa em todas as circunstâncias.
E todas as injustiças me revoltam, mas principalmente aquelas com que tenho de lidar no dia a dia...

E faltou-me dizer uma coisa sobre o rendimento mínimo: para o receberem a única obrigação destas pessoas é mandar os filhos à escola... só isso!
E pensam que o fazem?
Eles vêm só quando querem e lhes apetece. Normalmente, salvo raras excepções, têm mais faltas que presenças...
E não lhes acontece nada!
E se isto é justiça, eu sou a Miss Mundo!

13 de julho de 2005

Roubar é genético?

No penúltimo dia de aulas, véspera do passeio ao Oceanário, fui à gaveta da secretária da sala dos professores buscar a máquina fotográfica da escola para levar.
Mas da máquina, nem vestígios...
Ao longo deste ano lectivo (e dos anteriores também) foram sempre desaparecendo coisas da escola, incluindo outra máquina fotográfica.
Desapareceu também o dinheiro da carteira de uma colega e o telemóvel (no ano passado tinha sido a minha vez e a da outra colega da tarde...).
Sempre suspeitámos de uns meninos, pois já tinham antecedentes de roubos e o telemóvel foi encontrado com um deles.
Agora com a máquina fotográfica usou-se a táctica de "pedir" à irmã mais velha, que é minha aluna, que procurasse bem lá pelo acampamento a ver se a via, a troco da promessa de a chumbar (não é gralha, ela queria mesmo chumbar porque senão ia ficar em casa, ou até casar, pois os pais não a deixam ir para o 2.º ciclo) e de um saco de ameixas...
(já estão a perceber que se tratam de meninos de etnia cigana).
Uns dias depois, já com eles em férias, aparece lá ela com a máquina fotográfica...
Estava suja e não tinha a pilha que lhe permite funcionar pelo que a levei ao fotógrafo para ver se ele resolvia o assunto.
Entretanto a mãe apareceu lá para buscar as avaliações, e eu e a auxiliar estivemos a falar com ela: que dois dos filhos dela "mexem" nas coisas da escola e dos colegas e que levam para casa, se ela visse por lá algo que não lhe pertencesse que viesse trazer à escola e blá blá blá e ela com ar compungido que sim senhor, que ia ralhar com os filhos, que batia e acontecia, porque também não admitia que eles roubassem, patati patata.
Hoje aparece-nos o fotógrafo na escola, com o rolo revelado.
Vamos todas lampeiras ver as fotos e qual não é o nosso espanto quando vimos as últimas 7 ou 8: a vida no acampamento!
Fotos de um bebé, fotos do pai com o cavalo, fotos da menina que troxe a máquina "mas não sabia de nada nem a tinha visto por lá" e... (aqui é que eu fiquei verdadeiramente má!!) fotos da mãe, em sorridentes poses...

Eu continuo a achar que não são todos ladrões, que pelo menos na nossa escola são só os desta família. Mas também acreditava na inocência da mãe...
Mas, mesmo sendo só estes, para o ano teremos na escola 5 (cinco) irmãos! E ainda há-de vir o bebé das fotos, mais ano menos ano!

E deixo uma pergunta, à laia de uma ontem num programa de televisão, em que se perguntava se a não apetência dos portugueses para a matemática seria genética:
Roubar é genético?

12 de julho de 2005

Que raio de dia!

Chego à escola e há um telefonema do "chefe" para uma reunião: parece que a DREC não vai aceitar a nossa divisão dos alunos em quatro turmas, reduzindo-as para três.
Setenta alunos não chegam para fazer quatro turmas...
Entretanto, numa outra escola, dezanove alunos têm direito a duas turmas...
E em centenas de escolas espalhadas pelo país há turmas com um, com dois, com três alunos!

Para a feitura das turmas contam alunos com deficiências comprovadas - que dão "direito" a uma turma reduzida (18 alunos).
No caso da minha escola, a lista que uma senhora (i)responsável enviou para a DREC de alunos com deficiências foi a de Janeiro, em vez de ser a actualizada onde consta mais um aluno, o que resolveria o nosso problema...

Depois chego a casa e vejo a notícia: 70% de chumbos a matemática!
Continuem a fazer turmas com 25 alunos, uns que sabem ler misturados com outros que nem português sabem ainda falar e esperem que os professores façam milagres!

Como se tudo isto não bastasse, tenho a confirmação daquilo que já sabia: a haver inglês, os alunos da minha escola não serão contemplados uma vez que sendo o inglês extracurricular (e não integrado no tempo lectivo normal) é preciso um espaço para dar estas aulas.
Quer dizer, os alunos da minha escola que já eram prejudicados por não terem um espaço para outras actividades - biblioteca, ludoteca, sala de TIC, cantina, etc... - vão ser mais prejudicados ainda.
Quando chegarem ao 5.º ano vão ser misturados com outros meninos que já tiveram dois anos de inglês.
Mas não somos todos cidadãos do mesmo raio de país??

11 de julho de 2005

Campanha Eleitoral

Não, não há adiamentos nas autárquicas.
Esta é a eleição para "o nick com mais piiiiinta".
Lembram-se de há uns meses vos ter pedido para votarem em mim?
Pois os votos foram tantos, mas tantos, que ganhei o direito de ir à final.
Por isso cá estou eu a chatear outra vez...
Se o prémio for divisível, prometo que reparto por quem provar que votou em mim. E se ganhar estas eleições também prometo pôr a gasolina ao preço da água.
É claro que vamos aprendendo umas coisitas com este governo: pôr a gasolina ao preço da água é pôr a água a custar tanto como a gasolina...
Ou estavam à espera de quê?
Agora vão ter de clicar AQUI, pois já gastei as minhas energias de hoje a tentar pôr a imagem clicável, mas não consegui :-(

10 de julho de 2005

Abate de árvores em Aveiro

A Baixa de Santo António, em Aveiro (foto tirada da Voz Oblíqua era assim...

Era porque parece que já não é.
As árvores incomodavam uns senhores que se queixaram da sua existência à Câmara que, ao que parece, prontamente resolveu o problema cortando- as.
Ora, quem conhece Aveiro sabe que se há coisa que por aqui não abunda são as árvores.
De muitas cidades que conheço, Aveiro é talvez a que menos espaços verdes tem, para onde se possam levar os garotos a dar uns passeios ao fim de semana... e já agora os adultos também!
Cá para mim e pelo andar da carruagem, Aveiro quer ser geminada com alguma cidade do deserto!

Posto isto, circula por aqui uma petição que se pede a todos que assinem, antes que tenhamos de mostrar aos nossos netos como era Aveiro com árvores só em postais antigos...

8 de julho de 2005

Foie Gras

Recebi um mail que me deixou fisicamente enjoada mas também enojada por haver pessoas tão anormais que precisem de consumir certos alimentos para se sentirem gente.

Aqui fica uma adaptação do texto:

O foie gras é o fígado inchado de ganso, obtido através do método de alimentação forçada.
Esta provoca uma distorção no corpo dos animais e um fígado sete vezes maior que o normal.
Dezasseis dias antes da matança e a partir daí diariamente, um funil de mais de 40 cm de comprimento é empurrado pelo pescoço abaixo dessas aves.
É então forçada pela garganta abaixo do animal à máquina ou à mão uma quantidade de cereais misturados com gordura que seria equivalente a um ser humano ingerir 12,6 Kg de massa.
A partir do décimo segundo dia este processo é repetido de três em três horas, ou seja, oito vezes por dia.
Por esta altura o corpo do animal já está completamente deformado, não se consegue mexer e respira com dificuldade.
Os ratos aproveitam-se do facto dos animais não se mexerem para se alimentarem deles.
O sofrimento infligido aos gansos para obtenção do foie gras (que é um mero, embora muito caro, aperitivo) é altamente condenável.
Só nos resta passar a palavra para ver se acabam de vez no mundo estas barbaridades perpretadas por seres ditos "humanos"!

Dos quatro filmes que acompanhavam o mail, escolhi o menos chocante...
Vejam aqui, se se sentirem com coragem

Adenda feliz:
Já há uma promessa do Pé de Meia a dizer que vai deixar de comer foie gras, sob pena de nunca mais dormir descansado!
E fica aqui a promessa para todos verem!

7 de julho de 2005

Terrorismo(s)

Depois de uma manhã inteira enfiada numa sala de aulas numa reunião que nem "recreio" teve, chego a casa perto das 14 horas.

Na televisão as imagens de Londres.
Entre o incrédulo (podia ser uma daquelas repetições de qualquer coisa que os jornalistas adoram fazer) e a certeza cada vez maior que afinal era verdade, não era nenhuma repetição, fui ficando a ver.
E a pensar: como é possível haver pessoas tão más?
Pessoas que, por controlo remoto, fazem explodir uma bomba que vai matar tantos inocentes...
Pior ainda: pessoas tão fanáticas que nem se importam de se fazer explodir também...

Os terroristas não têm qualquer tipo de perdão, não há nada neste mundo que justifique os seus actos!
Mas também considero que atacar um país soberano, baseando-se numas suspeitas que nem se vieram a concretizar é um acto de terrorismo igualmente cobarde, onde também morreram (e continuarão a morrer sabe-se lá por quanto tempo) pessoas tão inocentes como as que morreram hoje...

E não se pode parar isto?

6 de julho de 2005

Feira do sexo?

Há coisas que não passa pela cabeça de ninguém comprar: alegria, felicidade, amigos, amor, estima ou auto-estima e... sexo!

Feira de sexo?
Mas o sexo compra-se?
Pronto, eu sei que há "comerciantes" que vendem momentos de sexo.
Mas são momentos que uns infelizes vendem a outros tão ou mais infelizes que os compram e, normalmente, tudo às escondidas: quem vende não diz a ninguém o que vende e quem compra faz o mesmo.
Mas uma feira?
Onde eu vi casais bem novos há procura de "estímulos para reactivar a relação"!
Francamente!
Se nesta altura da vida já só lá vão com estímulos, das duas uma: ou não têm sexo ou não têm relação!

Chamem-me retrógada, o que quiserem, mas eu não compreendo!
O sexo não se vende em feiras!
O sexo pratica-se!
Se for com a pessoa com quem se vive ou se namora, a quem se ama e respeita, então é a melhor coisa do mundo.
E, sendo desse, do bom, não precisa de feiras nem precisa de brinquedos a pilhas!
Se o sexo tiver de ser comprado numa qualquer feira, então não vale nada...

5 de julho de 2005

Inglês no 1.º ciclo

No EDUCARE sobre o inglês no 1.º ciclo:

«Em "parceria obrigatória com as escolas", o programa prevê a concessão de apoio financeiro a municípios, associações de pais e professores, a institutos de línguas ou outras entidades que se queiram candidatar ao ensino do Inglês no 1.º ciclo.»

Alô??
Está alguém desse lado?
O Ministério da Educação ainda existe ou já foi extinto?
(o que até nem era má ideia, poupavam-se uns milhões. E como a ministra fala como se administrasse uma mercearia, nem era nada mal pensado!)

Pelo menos até à data, os professores têm sido colocados por concurso...
Em Março o pessoal desatou a preencher uns impressos na net para se candidatar a um lugar numa escola. E há professores de todas as disciplinas numa lista que se chama "professores sem colocação".
Fui ver... (e não caía neve)!
Na lista de não colocados9.574 (não, não é engano) professores de inglês - entre 2.º ciclo, 3.º ciclo e secundário.
Não deveriam ir aqui buscar os professores que vão ser precisos?
O que terão a ver com isto as associações de pais (?) e quem serão as "outras entidades"?
Quanto aos institutos de línguas até posso ter uma ideia do que terão a ver com o assunto...
Mas os professores a colocar deveriam trabalhar em consonância com os professores do 1.º ciclo, por isso deviam pelo menos pertencer ao mesmo Agrupamento!
Ou são aulas de inglês só para inglês ver?

4 de julho de 2005

Bombas burras!

Os americanos estão todos felizes porque conseguiram fazer explodir uma bomba no inteior de um pobre, indefeso e inofensivo meteorito.
Avanço para a humanidade?
Teria sido um grande avanço para a humanidade se a bomba lançada ao pobre do meteorito tivesse feito ricochete, voltado para trás e varrido da face da terra dois monstros, piores e mais perigosos que todos os meteoritos juntos: um lá nas américas chamado George.
O outro, chamado João, que só serve para conspurcar a ilha onde (infelizmente) ainda vive!

Não costumo ser assim tão cáustica, muito menos desejar o mal de alguém, mas uma mulher não é de ferro!
E hoje... saltou-me a tampa, "prontos"

ADENDA: Antes que o Jesus me mate (o que seria muito mau!) eu emendo: não era um meteorito, era um cometa... Satisfeito??

Manuel Ribeiro...

... na Notícias Magazine assina as "Provocações" todos os domingos.
Com ele rio-me por duas vezes: primeiro quando o leio, depois com as cartas das "feministas" (a quem ele chamaria "gajas ressabiadas") que se atiram a ele sem dó nem piedade nas semanas seguintes...
Será que aquelas almas não entendem a ironia com que ele escreve, logo a começar pelo título?

Este domingo o alvo dele saõ os "pobres" delegados sindicais.
Aqui ficam algumas pérolas:

« A malta toda ficou a saber que ele havia mais de uma milena e meia de "sotores" que se dedicavam à nobre e desinteressada missão de delegados sindicais, ao contrário dos demais que se limitavam a aturar a canalha.» (...)

«... O homem é obrigado, por exemplo a ler os jornais da manhã e tentar descortinar qualquer insidioso ataque à classe que representa.»

« O resto do dia gasta-se em trabalho no próprio sindicato, debatendo ideias e princípios entre os colegas, à roda de uma mesa enquanto se joga à sueca.
Comparar este esforço com a rotina dos vulgares professores que se limitam a debitar lições a putos malcriados é de uma enorme injustiça.»

3 de julho de 2005

Não há direito!

Não há direito passar uma tarde de domingo em casa para ver se finalmente alguém acha os "Perdidos" e não é que, no último episódio, eles ficam perdidos na mesma?
E pior...
Descobrem um poço muito fundo, com umas escadinhas para descer, e ficamos sem saber onde aquilo vai dar!
Quanto aos que já tinham ido na jangada, quando aparece um barco que julgavam que os ia salvar, roubam-lhes o puto ! E o que irá acontecer à criança?

Cusca sofre!

1 de julho de 2005

Surrealismos

Imaginem um daqueles filmes "experimentais", de um realizador que ninguém conhece e que ninguém vê mas que aparece com 5 estrelas nos jornais...
Daqueles em que as paisagens são estranhas, as personagens mais estranhas ainda, feias, sujas, más e com qualquer defeito físico que as torna assustadoras...

Pois aqui perto de minha casa há uma personagem assim.
Tudo o que possam imaginar pela minha descrição, acreditem que ficará aquém da realidade...
Imaginem então um normalíssimo portão.
À entrada muitas latas cheias de ramos de flores para vender.
O portão está aberto para um pátio, mas para entrar temos de contornar as latas com flores, os sacos de batatas e caixas e mais caixas com os mais variados frutos e legumes (tudo fresquíssimo e com óptimo aspecto).

Até aqui nada de surrealista...

Mas, quando entramos portão adentro damos com um velhote sempre sentado a uma mesa coberta com um plástico. Na mesa há sempre um prato com restos de comida, migalhas, papéis e moedas. À volta da mesa, moscas, moscas e mais moscas e um cheiro nauseabundo.
Atrás do velho, um rádio mais velho ainda que ele mas com o som tão alto que, ao pé daquilo, numa discoteca o som é "som ambiente"...
Temos de nos entender por gestos.
Ainda não percebi se o velho é surdo mesmo ou se não ouve por causa do rádio...
Eu normalmente pago com mais dinheiro do que o necessário para evitar perguntar quanto custa. E espero pelo troco enquanto, com uma mão seguro nas flores, com a outra seguro na carteira e não me sobra nenhuma para sacudir as moscas (ai que falta me fazia uma cauda!)

Hoje, enquanto esperava pelo troco e tentava ir-me mexendo por causa das moscas, reparei numa coisa que nunca tinha visto antes: das traves de madeira que sustentam o telhado estão suspensas (penduradas) dezenas de sacas de plástico cheias de caixas de medicamentos (juro!!). Só não sei se estarão vazias ou cheias...

E lá vim eu embora com as minhas flores, fresquíssimas e baratas!
Acreditam se eu vos disser que me piro de lá a toda a velocidade porque o velho me mete medo?
Brrrrrrr!!

O Quinto Filho

O Quinto Filho by Doris Lessing My rating: 3 of 5 stars View all my reviews