30 de março de 2006

Surpresa?


Eu conheço algumas pessoas que também teriam surpresas se fizessem uma radiografia!
São muitos mais do que aquilo que pensamos!!

Ah, a propósito (ou nem por isso), os meus Golfinhos estão com uma grande dúvida! Alguém pode ajudar??

29 de março de 2006

Frases roubadas por aí...

Sobre a saúde:

Descobri que no Banco das mulheres em São José existe apenas um único termómetro... interessante... para uns 10 médicos e o triplo ou quádruplo de doentes.... boa.
Pékala

Sobre o "prolongamento" do horário dos professores:

(...) A outro colega, colocaram-no a dar aulas de informática aos miúdos, o problema é que se esqueceram de que só há na sala de aula um computador...
ImpressõesDigitais

A velhinha na farmácia

Para levantar o astral cá do sítio, já que não arranjei nenhuma bruxa arranjei (via Jackie) esta anedota:

A velhinha com mais de 80 anos, mas toda eléctrica, entra na farmácia.
- Vocês têm analgésicos?
- Temos, sim senhora.
- Vocês têm remédio contra reumatismo?
- Temos, sim senhora.
- Vocês têm Viagra?
- Temos, sim senhora.
- Vocês têm pomada anti-ruga?
- Temos, sim senhora.
- Vocês têm gel para hemorróidas?
- Temos, sim senhora.
- Vocês têm bicarbonato?
- Temos, sim senhora.
- Vocês têm soníferos?
- Temos, sim senhora.
- Vocês têm remédio para a memória?
- Temos, sim senhora.
- Vocês têm fraldas para adultos?
- Temos, sim senhooooora.
- Vocês têm...
- Minha senhora! Aqui é uma farmácia, nós temos isso tudo.
Qual o seu problema?
- É que vou casar com meu noivo, de 85 anos, no fim do mês. E nós gostaríamos de saber se podemos deixar nossa lista de casamento aqui,
com vocês...!

E é dedicada à Emièle que anda preocupada com listas de casamentos ;-))

27 de março de 2006

Avarias

De há uma semana para cá (de segunda a segunda) deu para avariar tudo cá em casa. Logo na segunda foi a queixa dos meus "hóspedes" do sótão a dizer que tinham a torneira avariada: e não se contentaram com uma qualquer, foi logo a gigante da banheira!

No dia seguinte, e mais uma vez no sótão, foi a televisão que foi à vida. (uma televisão pré-histórica, sem comando mas com seis canais, que ia cumprindo as suas funções que eram antes da "invasão" fazer-me companhia enquanto passo a ferro). Morreu mesmo, tenho de chamar os "apanha monstros" para a virem buscar...

Quarta-feira avaria a televisão pequenina, a que uso mais porque está na copa, encostadinha à lareira e à cozinha. Mas essa não morreu de vez: ficou no canal 1 da RTP e recusa-se a mudar seja para onde for...
Com a televisão avariada desligou-se de lá o vídeo.
Conclusão: a televisão já muda de canal mas o comando não comanda (e passar para o vinte e não sei quantos que é o FOX sempre a clicar num mini botão não é tarefa fácil!)

Quinta-feira: como os habitantes cá de baixo não são menos que os de lá de cima, avariamos também a torneira da banheira!
Embora esteja para consertar, como não sabemos o tempo que demorará tivemos de comprar uma (outra!) nova...

Na sexta avariou o rato do computador (nem imaginam a ginástica que eu faço sempre que tenho de tentar acertar com a setinha nos botões...)

No sábado avariou o fecho da portada do meu quarto... (aquelas portadas de madeira, com aqueles fechos de cima a baixo)

Hoje avariei eu, de tal maneira que ainda vejo o teclado um bocado ondulante porque as vertigens que apareceram de manhã e gradualmente se transformaram em tonturas, ainda não se foram completamente...
E nem sequer pude aproveitar o dia para pôr os trabalhos em ordem porque nem luz conseguia ver... (ainda estou a pensar se não valerá a pena eu apanhar boleia dos "pega monstros" quando vierem buscar a televisão)

Alguém conhece uma bruxa das boas??
(as bruxas são as más, boas são as fadas e uma tal de Soraia, não é? Balhamedeus que não sei o que fazer!!
Para já sei: é ir com as duas mãos agarrar no ratinho, apanhá-lo distraído, e clicar no "publicar"! Apre!

26 de março de 2006

Uma fotografia por domingo (9)

Para todos e todas que não acreditam que há uma fábrica artesanal de sabonetes em Alte, uma lindíssima aldeia algarvia (daquelas que normalmente não vêm nos mapas) aqui ficam duas provas:

O cartaz à porta

Os sabonetes, que são feitos à base de produtos algarvios: figo (excelentes esfoliantes as graínhas dos figos!), alfarroba, alfazema e muitas outras plantas.

Agora é só irem lá, que o sabonete é mesmo bom!
Quem é amiga, quem é?

25 de março de 2006

Selvagens!

Sempre que pensamos em "povos selvagens" o que nos vem à ideia são os povos tribais da África ou então os índios dos confins da Amazónia, que vivem nus ou seminus, que usam umas lanças enormes para matar os pobres dos animais de que se alimentam...

Mas não, as nossas ideias feitas estão todas erradas: esses são os seres humanos puros porque os selvagens estão no meio de nós, naqueles países a que se estipulou chamar "desenvolvidos" ou "civilizados"!

Os selvagens estão hoje no Canadá a mandar portugueses embora só porque lhes falta um qualquer papel ou a matar focas bebés aos milhares...

Os selvagens estão nos Estados Unidos que invadem países soberanos só porque sim, só porque algures no Iraque vive (?) um gajo muito mau (seria como matar o cão para lhe tirar as pulgas)...

Os selvagens estão na Palestina quando se fazem explodir e levam com eles para a morte dezenas de inocentes...

Os selvagens estão em Israel que responde aos bombistas com ataques ainda mais mortíferos...

Os selvagens estão aqui no meio de nós torturando e assassinando crianças inocentes...

Não sei que mais diga...
Apenas que, contra os selvagens do Canadá há aqui uma petição que podem - e devem - assinar.

(foto da net)

24 de março de 2006

Kinas



Este é o Kinas.
Alguns já o conhecem porque já aqui contei a história dele.
Ou melhor, uma parte dela porque, desde domingo passado há mais um capítulo a acrescentar à sua história.
Um capítulo muito triste.

Apesar de cego, movimentava-se bem por todo o lado, especialmente o pátio, o quintal e o jardim que eram os seus domínios.
O meu jardim tem sebe, o quintal tem um muro alto e ele jamais saiu de casa.
Jamais até domingo.
No domingo de manhã ele tinha desaparecido de casa, não faço ideia como.
Percorremos toda a vizinhança, chamámos, perguntámos, eu sei lá...
Se ele não tivesse nenhuma deficiência podia sobreviver perdido por muito tempo. O pior é que, sendo cego, também não pode caçar nem procurar comida.

Entre as pessoas que ajudam, que dizem que darão notícias se o virem por aí há também pessoas que, não sei porquê, arrancaram os pedidos de ajuda que eu colei nos contentores do lixo das redondezas e na paragem de autocarro.
Tanta maldade para quê?

Amanhã ele faz (faria?) 3 anos...

21 de março de 2006

Prioridades

Na semana passada os alunos do 3.º e 4.º anos da minha escola foram convidados para assistir no Centro Cultural de Aveiro a um concerto da Orquestra Filarmonia das Beiras.
Transporte e concerto seriam oferecidos pela Câmara.
Acontece que, a poucos dias do referido concerto me avisam de que, sim senhor, há concerto mas não há transporte. Teríamos de ir (eu, o meu colega e 35 alunos) num autocarro de carreira normal.
Disse logo que não, que não assumia a responsabilidade de levar tantas crianças num autocarro de carreira normal, que tem outros passageiros que se metem pelo meio das crianças tornado impossível a tarefa de os manter juntos e debaixo de olho.

Só quem não sabe nada do que está a falar é que propõe um disparate destes: apanhar um autocarro com mais de uma hora de antecedência em relação ao concerto (e depois chegar a Aveiro e esperar...) e voltar a esperar mais outra hora pelo autocarro que nos traria de volta.
Basta imaginar 35 irrequietos garotos numa paragem de autocarro tanto tempo!

Eu só queria que a Câmara, quando nos convida para um evento, qualquer que seja, se lembre que as crianças precisam de transporte, de um transporte só para elas, onde os possamos controlar bem para não deixar nenhum em terra...
A segurança nos transportes públicos de que tanto se vai falando, nunca chegou aos ouvidos destas pessoas... (era interessante que alguém viesse ver como se deslocam os alunos das aldeias ao redor de Aveiro quando transitam para o 2.º ciclo!)

Em todas as terras por onde passo vejo camionetas de passageiros a dizer "Câmara Municipal de..." (ou então passam-me elas aqui à porta...)
Parece que só Aveiro é que não tem!


Mas, em contrapartida temos um belo estádio de futebol às moscas!
Prioridades...

19 de março de 2006

O dia do meu pai

Hoje é o dia do (meu) pai.
Eu sei que não comemoro estas datas a não ser por obrigação, lá na escola, mas este dia teve um sabor diferente.
O meu pai está internado desde terça-feira, dia 14, nos HUC onde lhe fizeram uma complicada cirurgia ao coração.
Por muito que não se queira falar ou sequer pensar no assunto, correu risco de vida.
Estar ali, com o coração literalmente nas mãos de outros - embora neste caso "os outros" fossem uma equipa médica muito competente - não é para brincadeiras.

Todos os dias quando saímos de casa não sabemos quando voltamos... não sabemos em que situação voltamos... não sabemos sequer se lá voltaremos a entrar...
Mas, felizmente para a nossa sanidade mental, não pensamos muito nisso.
Mas, quando a saída é para um hospital, para uma cirurgia difícil, o pensamento não nos larga.
Talvez não tenhamos razão nem num caso nem no outro!
Devíamos ser mais ponderados: nem tão optimistas nem tão pessimistas!

Mas hoje é dia do pai.
Eu e a minha irmã oferecemos-lhe um pijama...
Agora que ele está quase a poder passear-se pelos corredores do hospital queremos que o nosso pai ande bonito.
E ele, que não liga nada a estas "datas especiais" (ou julgam que eu sou assim por geração espontânea??) adorou a prenda e ficou comovido.
É uma prenda que ele jamais esquecerá.
E eu também não.

12 de março de 2006

Uma fotografia por domingo (8)

Em Março do ano passado, a Primavera fazia-se anunciar assim lá para os lados do Algarve (mais propriamente em Alte, onde fomos à procura de um artesão de sabonetes - e achámos!!)
Alte, Algarve

Da relatividade dos insultos

Na sexta-feira, durante o intervalo, dois garotos travaram-se de razões.
Às tantas um insulta o outro, que se vem queixar que o colega lhe chamou "porco"
Chamado o prevaricador à pedra, ele nega ter insultado o colega.
"Eu não lhe chamei porco"
"Chamaste pois", diz a auxiliar, "que eu ouvi"!
"Não chamei não senhor"
"Ó S., não sejas mentiroso, que eu ouvi tu chamares porco ao L."
"Não lhe chamei porco - dizia ele indignado - só lhe chamei corno!"

A auxiliar engoliu em seco e disse-lhe "Isso não se chama a ninguém!
É uma palavra muito feia. Sabes lá tu o que isso quer dizer!"
"Sei pois! Foi o que a minha mãe fez do meu pai"

11 de março de 2006

Portugueses fundamentais??

Sabiam que há pelo menos duas qualidades de portugueses?
Se não sabiam, ficam a saber!
Há os "portugueses fundamentais" e os outros...
Não estou a brincar!!
É notícia no Correio da Manhã online!

E imaginam quem faz parte do grupo dos fundamentais? Eles dizem os "fornecedores de serviços, como o gás", mas a mim cheira-me que se queriam referir apenas à menina do gás e não quiseram dar muito nas vistas!!
E fiquem também a saber que os "fundamentais" são apenas cem mil!
Isso quer dizer que 9.900.000 portugueses não andam cá a fazer nada de útil!

Eu exijo uma lista nominal, quero ver se lá está o meu nome e mais o nome dos "meus fundamentais" ... que são a minha família, os meus Golfinhos e... vocês, claro!

9 de março de 2006

Que animal és tu?

Hoje fiz este teste e descobri que:

Você é uma tartaruga!

Este animal é o símbolo da sabedoria.
Você sabe melhor do que ninguém que "devagar se vai ao longe" (é melhor fazer tudo com calma e direitinho para não tomar o caminho errado, não é mesmo!?!).
Este seu jeito de levar a vida lhe traz uma baita experiência, que poderá ser compartilhada com os outros. A tartaruga sempre carrega muita bagagem nas costas. Lembre-se: você tem a voz do conhecimento. Quando ela recolhe a cabeça, muitos pensam que é cobardia, mas na verdade, daí vem todo seu poder de concentração.

Se também queres saber que animal és (nós costumamos saber só que animais são os outros) é só fazer o teste!!

8 de março de 2006

Dia do mulherio

(como diria um dos meus cronistas preferidos, Manuel Ribeiro)

Ia pôr aqui uma imagem bonita, como as que vi por aí nalguns blogues, mas lembrei-me desta adivinha que recebi há tempos: "qual é a fêmea"?

Segundo o calendário e os blogues, hoje é o dia do mulherio.
Já aqui escrevi uma vez ou duas que não concordo com os "dias de..."
Não servem para nada, a não ser para dar fôlego aos comerciantes em épocas más (essa é a única boa causa que encontro nestas comemorações).
As mulheres mais exploradas do mundo, dos confins da África aos confins da Ásia, Afeganistão e campos de refugiados incluídos sabem que este dia existe?
E mesmo que saibam? A vida delas muda alguma coisa?
Mas respeito quem acha muito bem, quem oferece flores ou escreve post's dedicados às mulheres neste dia.

Especialmente hoje fala-se de mulheres, como se elas não fizessem as mesmas coisas espantosas todos os dias, assim como muitos homens!
E fala-se sobretudo das mulheres na política (ou da falta delas).
Eu tenho cá para mim que, se não há mais mulheres na política é porque elas não querem, ou não gostam e não porque alguém as impeça de exercer esses cargos. Essa história das quotas põe-me os cabelos em pé!
E porque não quotas nas outras profissões?
E os pobres dos educadores de infância homens que ainda hoje são olhados como aves raras?

Eu engravidei duas vezes e tive o meu filho e a minha filha enquanto andava a tirar o meu curso - de 3 anos! - era quando tinha a certeza que não ia para longe, porque depois do curso tirado tudo podia acontecer.
As minhas colegas saíam das aulas e iam lanchar à pastelaria, iam às compras, iam ao cinema... Eu vinha para casa tratar primeiro do meu filho e 17 meses depois tratar dos dois!
A maternidade é sempre usada como desculpa para muitas coisas que não se fizeram.
Realmente os filhos, enquanto são bebés, impedem-nos de fazer uma série de coisas.
Mas têm uma vantagem: crescem num instante.
Por isso, não vou muito na conversa de quem diz "eu podia ter estudado ou isto e aquilo se não tivessem sido os filhos"...

E agora que os filhos têm 30 anos, qual é a desculpa?
Desde que haja vontade tudo se faz.
E as mulheres e os homens são e devem continuar a ser diferentes (graças a Deus). O que deve ser igual são os seus direitos!
Ainda não chegamos lá? Concordo!
Mas também tenho a certeza de que muita da culpa dessa desigualdade é, infelizmente, das próprias mulheres!

7 de março de 2006

Os aliens, perdão, finlandeses

A Emiele publica um cartoon elucidativo acerca dos finlandeses.
Ontem ouvi qualquer coisa na televisão acerca deste povo que tem um nível de vida superior ao da média europeia, pagam altos impostos e não refilam, enfim, são exemplares. Isto apesar de há poucos anos atrás aquando do desmantelamento da URSS terem ficado sem o seu maior importador.
Não ficaram a chorar pelo leite derramado: viraram-se para as tecnologias e criaram a Nokia.
De que estamos nós à espera para fazer o mesmo?
Os bons exemplos são para serem copiados...
Não podemos fazer grandes indústrias, não temos petróleo, mas temos grandes cabeças e a indústria tecnológica não exige grandes fábricas, só grandes ideias.

Ouvi de raspão o nosso primeiro ministro quando ele visitava uma escola e consegui fixar os números: há aulas de substituição, mas também há 400 alunos para 37 professores. Se a Matemática não me falha, isto dá cerca de 10 alunos por professor...
E aqui quantos são?
Isto para não falar nas instalações daquela escola!...

6 de março de 2006

Colisão



Duas surpresas:
Ganhou um filme que eu já vi! (e isto é um fenómeno raríssimo)
Ganhou um filme realmente bom, fora dos estereótipos dos "bons" e dos "maus", dos tiros e das bombas e dos efeitos especiais.
Ganhou um filme que nos deixa a pensar nele muito depois de ter terminado.
Eu gostei!
Parabéns a quem escolheu!!

4 de março de 2006

"Cara de sábado"

Tenho uma relação amor-ódio com os sábados...
Por um lado é o meu dia preferido da semana, porque ainda falta muito para segunda e não tem o stress do domingo (Saímos? Não saímos? E vamos onde? Outra vez? Ok, não saímos! Que raio de domingo nem pus um pé na rua e já é quase segunda!)
Por outro lado o sábado é o meu "dia badalhoco".
Visto a roupa que já está destinada à máquina de lavar (normalmente a que vesti na sexta) e faço os trabalhos sujos.
Demoro séculos a arrumar a cozinha porque há que fazer aquelas coisas que não se fazem ao longo da semana, como por exemplo limpar o frigorífico (esta tarefa consiste principalmente em deitar fora todos os restos de comida que se guardaram durante a semana porque "não se põe comida fora" - mas esta regra deixa de vigorar ao sábado)!

Depois são as compras, porque entre o levantar um bocadinho mais cedo noutro dia da semana e fazer as compras de manhã com o hiper por minha conta, e a preguiça, normalmente a preguiça vence.
E então é assim, a sentir-me suja, gordurosa e com o cabelo colado à cabeça, que vou às compras.
É a minha "cara de sábado".
Se, por algum milagre do destino, estou mais "apresentável" não encontro ninguém conhecido e aquilo faz-se num instante. Nos sábados em que estou realmente mal é quando encontro pais e mães de ex-alunos e aquela amiga que não via há séculos e que anda sempre como se tivesse acabado de sair de uma sessão fotográfica para capa de revista... Raisparta!

Ao finzinho da tarde vingo-me: o banho demora o triplo do tempo dos banhos da semana, com direito a qualquer-coisa-a-seguir-ao-xampô que dê brilho, ou volume; creme hidratante, tratar das unhas, essas coisas...
Depois visto a minha "roupa de trazer por casa" (não se pode mostrar a ninguém agora no inverno... no verão melhora um pouco), mas tão limpinha, tão confortável e tão cheirosa que me sinto renascida.
Depois janto...
E é então, depois de jantar, que o meu sábado se torna no melhor dia da semana!

Uma boa lição

Quando o vosso rebento fizer uma daquelas birras que vos envergonham num supermercado, sigam o exemplo desta mãe: vão ver que resulta!!


Quero agradecer ao FARPAS que teve a pachorra de me enviar um e-mail a explicar como se publicam filmes. Agora só vais ter de me ensinar como se "encolhem" que, à conta do filme, tenho o blog todo lixado...

o 0 O(Será que com esta já ganho o meu diploma de "professora que percebe de computadores"?)

3 de março de 2006

E se deixassem de bater na primária?

Quando acabei o meu curso em 1979 nem sabia o que era um computador. Aliás, a primeira vez que ouvi a palavra "informática" foi em 1980, quando fui morar para um prédio onde um vizinho era "técnico de informática" (mas que raio fará o homem para ganhar a vida, pensava eu...)
Só que, toda a gente que acabou os seus cursos por essa altura, fosse em que grau de ensino fosse, sabiam tanto como eu!

Entretanto muita água correu sob as pontes, blá blá blá e hoje em dia só não sabe fazer o básico num computador quem não quis aprender.
É que, desde o início dos anos 90, os professores são obrigados a frequentar acções de formação anuais. E, apesar de haver algumas "formações" que não lembram ao menino Jesus, os Centros de Formação têm oferecido sempre formação em informática.
Claro que deve ser mais divertida uma acção de formação de danças de salão, ou de iniciação à fotografia e dá os mesmos créditos e tudo, mas isso já é da conta de cada um...

Há acções de formação mais vocacionadas para um ou outro ciclo, mas as de informática normalmente são dirigidas a todos os graus de ensino, desde as educadoras aos professores do secundário.
Em todas as que frequentei havia gente de todos os graus de ensino.
Então porque é que a Ministra embicou para os professores do 1.º ciclo?

Muito estranho também é essa formação ir ser dada pelas ESE...
Então para que servem os centros de formação?
Se não são precisos ou já não servem para que existem?
Se cumprem os seus objectivos porque não são eles a dar a formação como têm feito até aqui?
Será que as mudanças se devem ao facto de haver muitos interesses em jogo? Mais de cinco milhões deles?

Outra coisa que também não deixa de ter a sua piada é que nas escolas do primeiro ciclo normalmente existe um computador por sala de aula, enquanto que nos outros ciclos há salas cheiinhas de computadores que até dá gosto...

Não é triste? Ou estúpido? Ou incompreensível?

ó pra mim já a treinar!!

2 de março de 2006

Clarificação do post anterior...


Ia responder aos comentários (especialmente do Varela), mas estava a ficar tão grande que resolvi escrever aqui os esclarecimentos:

Primeiro:
Eu concordo com o prolongamento dos horários.
As escolas abertas até mais tarde permitem outras actividades que assim não há oportunidade para se fazerem.
Mas discordo da maneira como isso está a ser feito, porque as crianças continuam na escola, na mesma sala de aula onde já passaram pelo menos 5 horas...
Antes disso, as escolas teriam de criar espaços para as crianças circularem e irem mudando de actividade: uma biblioteca, um laboratório, uma sala polivalente onde se pudesse, por exemplo, fazer educação física, expressão plástica, etc.
Parece complicado?
Não é: pelo menos em Aveiro essas escolas já existem no papel, uma por freguesia. Servem também de jardim-escola e têm cantinas.

Acredito que as pessoas que não entendem as reivindicações dos professores, incluindo a Ministra, não fazem ideia de como são as condições físicas na maioria das escolas: não há mais nada para além das salas de aula, as crianças lancham num coberto onde chove e onde nem do vento estão protegidas, o recreio é um espaço de terra lamacento ou poeirento conforme a época do ano.
Na minha escola chamamos pomposamente "biblioteca" a um velho armário que já nem fecha...

Segundo:
Também acho que todas as escolas de lugar único devem fechar: essas escolas não são um bom local nem para professores nem para alunos (sei do que falo, já trabalhei numa).
As crianças devem ser transportadas no mais curto espaço de tempo para uma escola com condições e principalmente onde possam conviver com outras crianças.
Neste caso acho que será preciso estudar muito bem a questão dos prolongamentos, senão estas crianças poderão ficar horas demais fora de casa e do seu meio ambiente.

Para além disto, devia haver a coragem de chamar "actividades lectivas" a todas as actividades feitas na escola.
Caímos no disparate de poder acontecer que trabalhar no barro seja "actividade lectiva" se for feita durante as cinco horas da praxe, ou "actividade não lectiva" se for feita no período de prolongamento.
Em que ficamos afinal?

Terceiro:
Amanhã (e todas as sextas) a P. trabalha das 8 às 13 com a sua turma.
Depois vai a casa, almoça, e às 15:30 tem de estar noutra escola, a 12 Km de casa dela para "tomar conta" de 13 meninos que ela não conhece.
Enquanto ela entretém os meninos a funcionária da escola, que sai à mesma hora, vai varrendo a sala...
Mas isto é normal??

E aquela treta que a Ministra diz e os sindicatos confirmam de que estas 2 horas não são para trabalhar directamente com as crianças mas sim para supervisionar os animadores que entretanto as Câmaras Municipais colocaram nas escolas não passa disso mesmo:
é treta, eu nunca vi nenhum!
Já falei com colegas de outras escolas que também nunca viram...
Mas que raio de mistério!
O primeiro que tiver visto, que se acuse!

1 de março de 2006

Greves? Cuidado!

Na semana passada houve, promovida pela FENPROF uma greve às aulas de substituição e aos prolongamentos do 1.º ciclo.
Das aulas de substituição não sei o suficiente para falar no assunto, mas dos prolongamentos sei:
Sei que se querem dar passos maiores que as pernas ou, dito doutra maneira, mais uma vez se quer pôr o carro à frente dos bois...
Isto porque em grande parte das escolas não há condições para dar aulas, quanto mais fazer prolongamentos!
Grande parte das escolas nem uma funcionária tem!!

Na minha escola não há prolongamento porque já funciona, por força da falta de instalações, das 8 às 18:15.
Mas os professores têm de "dar" duas horas de trabalho extra...
As minhas horas "dou-as" - até dou horas a mais - acompanhando os meus alunos ao inglês (que funciona de manhã, duas vezes por semana, numa sala da igreja).
Mas as colegas que trabalham da parte da manhã e não têm alunos no Inglês têm de "ir dar as horas" a outras escolas (uma das quais fica a uns módicos 8 Km para lá da escola onde trabalhamos!).

O que irrita no meio disto tudo é que, quando em Setembro fomos postas perante a obrigatoriedade de fazer este trabalho extra, já nos tínhamos organizado de maneira a fazer com que essas horas fossem de muita utilidade para alunos e pais...
Em Janeiro, fazem tábua rasa de tudo o que se estava a fazer, e há que "repartir" os professores pelas escolas onde não há pessoal que chegue para assegurar o prolongamento os 5 dias da semana.

Agora vem o papão do secretário de estado ameaçar que "o Ministério da Educação (ME) dispõe de um parecer jurídico que considera um abuso do direito à greve" e os advogados que consultou dizem que "esta greve deve considerar-se extensiva a toda a prestação laboral, com inerente suspensão das relações emergentes do contrato de trabalho, nomeadamente o direito à retribuição" ou seja, os professores que aderiram a esta greve correm o risco de, apesar de terem cumprido o seu horário na sua escola e de só terem faltado as duas horas de prolongamento ( das 15.30 às 17:30) ficar sem um dia de ordenado...

Mas podem ficar descansados que os sindicatos olham por nós...
A FENPROF diz que não se pode descontar assim um dia de ordenado aos professores, mas se tal acontecer (!!!!) os serviços jurídicos da Fenprof estarão à disposição dos professores para contestar essa decisão...

Eu não sou contra o prolongamento dos horários das escolas, mas tenho ainda muitas dúvidas sobre a sua utilidade.
Se são crianças de cidade, estar até às 17.30 na escola não resolve o problema dos pais - por isso os ATL continuam cheios, ninguém arredou o pé de lá...
Se são crianças de aldeia (a realidade que melhor conheço), a maior parte tem onde ficar depois das aulas.
Por outro lado também acho que estar na mesma escola das 9 da manhã até depois das 5 da tarde é uma overdose de escola.
Por mais variadas que sejam as actividades, não deixam de passar tempo demais na escola.

E, com tantas escolas a fechar no próximo ano lectivo e crianças a serem deslocadas das suas aldeias para outras aldeias ou para as vilas, também terão de fazer o prolongamento? A que horas chegarão essas crianças a casa? (atenção que estamos a falar de crianças desde os 5 anos!). E se os pais - que nesses casos são uma grande maioria pessoas que trabalham nas terras - não quiserem tanto tempo os filhos fora de casa?
Uma vez vi um filme em que os filhos eram tirados aos pais em pequeninos e devolvidos depois de grandes e "educados". Às vezes parece-me que estamos a viver uma situação parecida.
Acredito que haja pais que adoram esta ideia, que só têm pena que ainda não existam dormitórios na escola, mas a maior parte não quer e não gosta.
É que ainda há muitos pais e mães que, tão logo lhes seja possível gostam de ter os filhos junto deles!!

Recadinhos...

Primeiros:
Quero agradecer a todos os que vieram aqui dar os parabéns...
Não vou amuar, pois bati o meu récord de comentários, que melhorou bastante desde o 1.º post que teve 1 (um) comentário...
Meses depois, quando emigrei para aqui vinda do SAPO, perdi muitos comentários e perdi todos os links e agora não posso ir à procura de alguns perdidos para ver o que é feito deles!

Segundos:
Por falar em perdidos, a série "Lost" recomeçou ontem... Não percam que é excelente. A RTP fez-lhe uma grande promoção, mas depois deixa de colaborar quando, logo no primeiro episódio, falha o horário previsto.

Terceiros:
Fui visitar Bragança na segunda e na terça (já lá não ia há mais de 20 anos - que vergonha!!).
A cidade está linda, mas o frio (cinco graus negativos na terça de manhã e 1 negativo por volta do meio-dia) era de impedir até os mais afoitos de andar por lá a vê-la como merece. Acabei por passar o serão de segunda para terça num cinema no novíssimo Fórum da cidade.
Pelo menos começa a haver alguma distracçaõ para as pessoas das cidades do interior. Eu sou um bocado anti Centros Comerciais, mas nestes casos fazem um jeitão: as pessoas têm acesso a lojas iguais às das grandes cidades, aos cinemas e a um local onde podem dar uma voltinha antes de dormir sem congelarem!

Terceiros (parte II)
Apesar de tanto frio, nem um floquinho de neve caiu daquele céu azul com sol brilhante! Nem um! Na terça de manhã o tempo estava cinzento, mas também nada de neve... Rapar tanto frio para nada, não há direito! Eu queria ver nevar!
Snifff...

Quartos:
Andou por aqui mãozinha alheia a escrever, mas não me responsabilizo nem pelos escritos nem pela constipação da menina...

O Maestro e a Infanta

O Maestro e a Infanta by Alberto Riva My rating: 3 of 5 stars View all my reviews