A Cláudia, juntamente com outros meninos e meninas, fez parte do meu primeiro grupo de alunos na escola onde ainda trabalho. Foi a primeira vez na minha vida profissional que assentei num lugar e pude assim "seguir" as vidas dos alunos.
A Cláudia frequenta agora o 11.º ano numa escola de Aveiro e veio contar-me das suas aventuras e desventuras, dos colegas, das aulas, dos "profes"...
Os meus alunos pequenitos quando perceberam que ela tinha sido minha aluna, quiseram saber de que tamanho ela era quando andava no 1.º ano. "desta altura?", "eras assim?" e esticavam os bracitos para ela perceber.
É nestas alturas que esta profissão vale a pena, apesar dos pesares e dos desmandos dos sucessivos ministros...
Aproxima-se a época dos votos de Boas Festas. Ultimamente perderam muita da piada que tinham, "graças" ao domínio dos e-mails e dos SMS.
E que tal voltar a utilizar os velhinhos postais de Natal, enviados pelo correio e que até se podem pôr a enfeitar ao lado da árvore?
Foi a pensar nisto e juntando o útil ao agradável, podendo ajudar animais em perigo, que a Associação Pelos Animais está a vender lindos postais de Natal. É só clicar... e escolher!
O Daniel Oliveira que é, do grupo, o que mais vezes mete a pata na poça, sobre este assunto dizia que há professores com um "jeito especial" para lidar com alunos difíceis e deu a entender que todos os problemas se resolveriam se as escolas pudessem escolher os seus professores.
«se um jornalista de esquerda tem isto para dizer a propósito da violência em meio escolar, é caso para lhe perguntar quando é que o Francisco Louçã começa a contratar militantes mais competentes para o Bloco.»
Aquela série que se chama "lost" (perdidos) é, supostamente, passada numa ilha deserta: os fulaninhos iam num avião que se despenhou numa ilha deserta e, como sairam bastante da sua rota por culpa duma tempestade, não deram mais com eles e julgam-nos mortos.
E é na parte da "ilha deserta" que eu não entendo nada! Em cada episódio aparecem novos personagens. Na ilha há casas e quintas e gente e cada vez mais gente...
Sugestão do dia: Juntar esta mãe com a filha da mãe do post anterior...
de Professora de Ciências para Mãe:
"Informo que a sua educanda não realiza os trabalhos de casa pela terceira vez, prejudicando a avaliação. Agradecia que a chamasse à atenção."
de "Encargada de educação" para senhora de ciencias:
"Venho por este meio que eu como encargada de educação. Sei que por lei que os alunos não são obrigados a trazer trabalhos de casa, pelo horário que tem de sair as 18 horas e 30 minutos da Escola. E os pais quando chegão a casa tem mais que fazer doque saber se eles tem trabalhos ou não."
fiquei aparvalhada quado ouvi a notícia: Uma agressão de alunos a professores numa escola EB 2,3 - não sei donde, nem isso interessa muito.
O que aconteceu foi que "numa brincadeira inocente" (tadinhas das "crianças") uns meninos e meninas fizeram um "túnel" e davam "calduços" a quem passava. Brincadeira parva, mas que seria aceitável se se desenrolasse entre alunos. Mas não.
Parece que a sessão de calduços se aplicava a todos os que passavam, incluindo professores. Ora acontece que uma professora não gostou da brincadeira e deu um estalo à "criança" (por sinal uma matulona mal criada de 15 anos).
O que me incomodou mesmo, para além do sucedido, foi ouvir a mãe da "menina" dizer que ela é uma santa, que só foi pena... não ter batido mais à professora! "Devia ter-lhe dado o dobro" rosnava a querida mamã...
Não se pode mandar prender uma pessoa destas?? E, já agora, mandar a menina trabalhar. Mas por que raio hão-de os professores levar com esta gente que não anda a fazer nada nas escolas??
... só vem à escola quando lhe apetece. E como lhe tem apetecido poucas vezes, anda só no 2.º ano de escolaridade, embora ande na escola há 7 anos.
No ano passado nem lá pôs os pés, este ano anda, apesar de tudo, muito assíduo.
Nada disto me espanta. Desde que estou na minha actual escola que temos por lá alunos ciganos e todos, salvo raras e honrosas excepções, fazem o mesmo.
A mim não me incomoda nada ter alunos ciganos.
O que me incomoda é que eles chumbem sucessivamente por faltas e que aos 12 anos resolvam finalmente vir para a escola e atrapalhar o normal funcionamento da turma. O rapaz nem é desordeiro, mas basta-lhe o tamanho para assustar os pequenitos que têm 5 e 6 anos.
E não é que, ao fim destes anos todos de reprovações, ele ainda tem intacto o seu direito a subsídio para livros,material escolar e almoços???
Você é "Come On Eileen" dos Dexy's Midnight Runners (1982): Você é viciado em diversão com os seus amigalhaços. Gosta de fazer disparates, sobretudo se desafiado com argumentos do género: "aposto que não és capaz"!
Já há algum tempo que, cá em casa, um só pacote de açúcar bastava para os dois cafés do almoço e ainda os dois do jantar. Hoje chegou e ainda sobrou um bocadinho!
Hoje foi "dia de biblioteca" (o dia da biblioteca itinerante). A miudagem adora ir à carrinha, bisbilhotar aquilo tudo e, finalmente, escolher um livro para trazer.
O N. estava triste. O pai dele não assinou o papel - uma espécie de responsabilização no caso de o livro se perder - e ele não podia requisitar um livro.
"Mas já voltaste a pedir ao teu pai que te deixe ir à biblioteca?" "Já pedi e ele não deixa" "Mas porquê?" "Ele diz que eu não preciso de ir à biblioteca porque ainda não sei ler!"
Hoje apresentou-se na minha escola uma professora que devia ser do Ensino Especial. Estas professoras são normalmente especializadas neste tipo de ensino, uma vez que as crianças "diferentes" precisam de um apoio e de um ensino também ele diferenciado. Há técnicas de ensino e de abordagem das matérias diferentes daquelas que são usadas pelos professores do currículo normal.
Daí o meu espanto quando a nova colega diz que é professora de EVT do 2.º ciclo, que de ensino especial nada percebe e nem sabe como ali foi parar!
E é assim que o ensino, dito especial, é tratado. (e é assim que os professores são tratados
A Floreca deixou-me o link para uma notícia sobre este tema.Aqui.
Na aldeia onde trabalho não há nenhum infantário, apenas uma pré escola que, como todas, só aceita crianças a partir dos 3 anos. Ora, como as pessoas que trabalham não podem estar 3 anos em casa com os filhos, muitas optaram por os deixar numa ama. Algumas das crianças que frequentam a escola e que têm até 10 anos, estão com ela desde os 3 meses de idade. É uma espécie de segunda (ou primeira!) mãe para muitos deles.
Acontece que, assim sem mais nem menos e de um dia para o outro, foi chamada à Segurança Social e lhe disseram que não podia ficar com crianças com mais de 3 anos. A partir de JÁ.
Os pais e mães que lá têm os garotos ficaram aflitos e foram hoje à Segurança Social pedir satisfações. Vinham indignados. A Assistente Social que os recebeu disse-lhes que "se desenrascassem" que os filhos eram deles e por isso teriam de resolver o problema!
A mim faz-me uma enorme confusão que um pai ou uma mãe não possam decidir sobre o local onde deixar os filhos, que seja obrigado a optar - e a pagar - por um infantário!
Em Matemática andam os pequeninos a aprender e a experimentar a invariância da quantidade...
Isto trouxe-me à memória uma das muitas maldades que eu, em miúda, fazia à minha irmã (mais nova 5 anos) e que não tinha ainda adquirida esta noção. Sempre que a sobremesa era para partilhar, eu dividia-a em 2 partes, uma grande e uma pequenina. A parte pequenina eu espalhava-a pelo prato o mais que podia, com muita técnica e arte. A parte maior "encolhia-a" num cantinho do prato... E, ó bondade das bondades, dava-lhe a escolher!
É claro que ela escolhia a parte esparramada pelo prato... Eu ficava com fama de boazinha e ainda tinha direito a uns xi-corações de gratidão!!
(embora ela já saiba disto, seria melhor que não lesse!)