5 de novembro de 2007

Insegurança Social

Na aldeia onde trabalho não há nenhum infantário, apenas uma pré escola que, como todas, só aceita crianças a partir dos 3 anos.
Ora, como as pessoas que trabalham não podem estar 3 anos em casa com os filhos, muitas optaram por os deixar numa ama.
Algumas das crianças que frequentam a escola e que têm até 10 anos, estão com ela desde os 3 meses de idade.
É uma espécie de segunda (ou primeira!) mãe para muitos deles.

Acontece que, assim sem mais nem menos e de um dia para o outro, foi chamada à Segurança Social e lhe disseram que não podia ficar com crianças com mais de 3 anos.
A partir de JÁ.

Os pais e mães que lá têm os garotos ficaram aflitos e foram hoje à Segurança Social pedir satisfações.
Vinham indignados.
A Assistente Social que os recebeu disse-lhes que "se desenrascassem" que os filhos eram deles e por isso teriam de resolver o problema!

A mim faz-me uma enorme confusão que um pai ou uma mãe não possam decidir sobre o local onde deixar os filhos, que seja obrigado a optar - e a pagar - por um infantário!

10 comentários:

Formiguinha disse...

Esta malta realmente, os pais deviam era ir lá e partir aquilo tudo. Fogo, não sou violenta, mas estas coisas deixam-me mesmo chateada!!!!

Bêjos

Didas disse...

Ah ganda assistente social! Deve ter sido das SS numa vida passada!

saltapocinhas disse...

formiguinha:
dá vontade mesmo!

didas: eu presumo que ela esteja a cumprir ordens...
ordens dadas por aqueles senhores que não saem de gabinetes e que t~em os filhinhos nas tais escolas dos rankings...

rosa disse...

por isso é que há tanta coisa a ser feita à margem das declarações fiscais!!!!

José António disse...

O problema é que não há um tratamento casuístico, como deveria haver. Avaliação da situação e decisão. Claro que sem regulação e sem regras precisas cometer-se-iam atrocidades. Conheço algumas que foram obrigadas a fechar por incompetência e mau serviço. Deixavam os pobres a ver TV atafulhados numa sala exígua. Isso claro que configura um crime.

saltapocinhas disse...

josé antónio: não é o caso.
até podiam repensar a quantidade de crianças que ela tem a cargo, mas nunca no último dia de outubro para entrar em vigor no 1.º de novembro!
há pessoas a faltar ao trabalho para tentar resolver o imbbroglio!

Fragmentos Repartidos disse...

Desde que a tal senhora tivesse condições para "oferecer" às crianças não vejo qual o mal de as crianças ficarem lá. Isso quanto muito teria de ser uma decisão tomada pelos pais e não pela segurança social que se calhar nem sabe que condições tinham as crianças e talvez nem tenham alternativas decentes para elas. Enfim...é amanhar! Como de costume.

Fábula disse...

há coisas que, por mais que se tente, ninguém percebe... :p

cereja disse...

Saltapocinhas, para além da intolerância e prepotência da Assistente Social, há alguma razão. É que a profissão de ama, a que está legalizada, paga o IRS como tal, etc, é equivalente à creche, portanto tem meninos até aos 3 anos, e só deve ter 4 crianças.
A solução é a senhora não se inscrever como ama... De facto a Segurança Social até participa e deveria orientar essas senhoras mas como uma equivalência a creche - a seguir é a fase de Jardim-de-Infância, do pré-primário.

Anónimo disse...

E depois venham dizer que eu sou "maluco", quando digo que é preciso uma "nova revolução"...

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