26 de outubro de 2005

(des)Igualdades

Hoje houve greve de juízes e penso que de mais gente ligada ao Ministério da Justiça.
Não sei todos os motivos da greve, apenas um me saltou à vista:
Os magistrados não querem largar o seu subsistema de saúde.
Ora bem, se nós somos todos cidadãos do mesmo país, devíamos ter todos os mesmos direitos e os mesmos deveres.
Mas não...
Falando só dos "empregados do estado" qual será o argumento dos senhores juízes para terem um sistema de saúde diferente dos professores? - falo deste porque é o que conheço, não por nenhum motivo especial.
E o dos militares?
E?... E?...
O mesmo patrão e tantos sistemas de saúde não devia parecer justo, especialmente aos juizes que são os que tratam das coisas da justiça...
Estarei errada?

(Não me esqueci da Segurança Social, apenas acho que "aquela coisa" não é nenhum sistema de saúde, por isso não entra em comparações...Mas acho que o governo devia, ao tirar privilégios (e não direitos adquiridos!!) aos que os têm a mais, distribuí-los depois pelos que não têm nenhuns...
Qualquer juiz de boa fé acharia isto uma justiça!
Ou não?

14 comentários:

Didas disse...

Ah pois, mas isso é muito básico e aqueles senhores têm uma mente muito complexa, a gente não chega lá assim num estalar de dedos!

Wakewinha disse...

Chateia-me estar sempre a ouvir falar em greves... Que dizer de mim, que estou desde o início de Setembro a trabalhar para o Estado, sem receber um único tostão! Logo eu, que sempre sonhei fazer voluntariado, mas para quem realmente precisa, não para estes fdp's... =(

Tanta gente a precisar de tanta coisa em Portugal, e a dita classe alta está preocupada em mais regalia, menos regalia, no seu sistema de saúde? Onde está Ele para castigar tamanha arrogância?

Cada vez me mete mais nojo viver nesta porcaria de país, que já nem sequer digo estar na cauda da Europa. Isto não está é em lado nenhum, pois de tão surreal, um destes dias nem sequer vem no mapa!

Anónimo disse...

Sem vontade de entrar em polémicas aqui vai a minha opinião: Tens toda a razão nas "(des)igualdades" no que diz respeito ao sistema de saúde. No entanto, a greve (que apoio) é muito mais que isso. Lamento que "apanhasses" só essa parte. Aliás, neste momento, TODOS NÓS sem excepção, do desempregado ao director, do professor ao empregado de comérico, deviamos dizer Não!!! Basta!!! Mas infelizmente, só determinadas classes têm direito a noticias e a fazer greve. É pena. Bom fim de semana.

Anónimo disse...

eu quero fazer greve,não é justo,eu nunca posso!!!

«« disse...

o problema é que tanto os grevistas (que neste caso até são juízes) como os governantes não dizem a verdade toda...isso já se passou com os professores... os juízes dizem que é uma greve política que tem como objectivo credibilizar o poder judicial, os políticos dizem que é só uma questão de regalias...enquanto se continuar a querer manipular a opinião publica, estaremos na cauda de tudo

afigaro disse...

Pois é, Segurança Social é segurança social, e mais nada. Tudo que não são subsistemas de Saúde, é Serviço Nacional de Saúde pago pelo orçamento de Estado.Os beneficiários dos subsitemas em vias de redução para a ADSE, são os únicos que neste País descontam para a Saúde.E esta?...a maioria pensa que desconta para a saúde. Lá está a nossa Sociedade mal informada: aqui e em muitas coisas do colectivo da vida dos Portugueses.

Mocho Falante disse...

Já para não falar dos dois meses de férias que os senhores não queriam perder de forma alguma, e dizem-se eles oficiais da justiça...tá bem abelha

António disse...

Não estás errada, não senhora!

Jinhos

Estrela do mar disse...

...venho-te convidar para apareceres na inauguração do meu outro blog...


www.espelhodealma.blogspot.com


Beijinhos e tem um bfs.

mfc disse...

Tocaste na ferida certa. Uns previligiados a fazerem greve, porque querem manter as super regalias que já detêm!
Haja um pouco de decoro!

Anónimo disse...

deixa lá... isso tb foi adiado :)

Anónimo disse...

Ser Professor... é uma ideia, espreitem!

José Gomes da Silva disse...

Referiste-te aos militares, decerto em sua defesa, pois como sabes, é a classe em Portugal mais desfavorecida em todas as suas vertentes nos direitos mínimos de cidanania. É a única classe em que se tem que assinar um documento declarando estar disposto a entregar a sua própria vida. Esta pode ser perdida por ordem de um qualquer General Americano num qualquer local a milhares de quilómetros de casa, deslocado da família numa distância 30, 40 vezes superior à dos professores contratados e ganhando menos do que eles (a profissão de professor será talvez uma das que mais admiro e respeito em todas as existentes, portanto nada de interpretações erradas). Um militar está proibido por lei de se exprimir livremente, de publicar o que quer que seja que possa ser interpretada pela "censura" como uma crítica de cariz político, social ou económico.
Um militar efectua os chamados "serviços de escala". Eu explico: todos os meses tem uma média que varia entre os 3 e os 10 dias em que está 24h sem autorização para dormir e sem sequer o direito de ir descansar no dia seguinte. Estas horas não são pagas. Ao fim de 20 anos há militares com mais de 1300 serviços efectuados, isto é, 4 anos de prisão efectiva sem dormir. Quanto à assistência médica têm uns hospitais que já estão a ser utilizados por todos os beneficiários da ADSE. Estes factos estão sempre a ser omitidos pela imprensa. Porque será?
Talvez porque o melhor sistema de saúde e comparticipações que existe em Portugal revela uma escandalosa desigualdade e é exactamente o ... dos jornalistas! Incrível, não é?

(é sempre interessante saberem-se estas coisas)

Continuo fiel visitante deste teu espaço

Bjs

Roberto Iza Valdés disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

Margarida Espantada

Margarida Espantada by Rodrigo Guedes de Carvalho My rating: 3 of 5 stars Gostei do livro mas acho que o autor exagera de mais em nomear ...