13 de abril de 2010

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Nem me apetecia falar do assunto, mas como dei a notícia do desaparecimento do meu gatinho, vou ter de contar o resto: depois de 6 dias à procura dele pelas redondezas e de ter deixado apelos em vários locais, recebi um telefonema de uma senhora que me disse que o encontrou morto à frente da casa dela (e pelo que percebi é bem pertinho da minha).
Ela contou-me que ainda bateu à porta de 2 vizinhas para saber se o gatinho era delas e, não achando o dono, acabou por o colocar no contentor do lixo.
Por isso eu nunca mais dei com ele... :(

Fiquei imensamente triste, porque este gatinho era mesmo especial: há muitos anos que eu não tinha um gato que tivesse vindo cá para casa muito pequenino e que tivesse sido "educado" por mim. Era extremamente meigo, sem deixar de ter as características de felino, de me morder as mãos todas, de me fazer esperas atrás das portas para se atirar às minhas pernas... Parecia um cachorrinho, sempre atrás de mim por todo o lado.
Ia até lá fora dar as suas voltas, mas regressava sempre rapidamente, raramente se ausentando mais de 1 ou 2 horas.

Publiquei a notícia do desaparecimento dele num site de animais perdidos (encontra-me.org) e aí recebi algumas críticas de comentadores por deixar o gato andar à solta e ter assim provocado o seu desaparecimento.
Eu sei que se tivesse o gato fechado em casa ele não desapareceria (embora estejam lá anúncios de gatos fechados que um dia desaparecem...) e muito menos teria morrido atropelado.
Mas...

Para mim o gato é o símbolo da liberdade.
Enquanto vivi num apartamento nunca quis ter gatos, precisamente para não condenar o bichinho à clausura e ia agora fechar um gato em casa, quando tenho tanto espaço?
Apesar dos muitos riscos que eu sei que ele corre por andar em liberdade, eu não sou capaz de o manter aprisionado, é contra os meus princípios.

Sei que o meu gatinho teve uma vida curta mas muito, muito feliz, e esse é o consolo que me resta.

17 comentários:

maria mar disse...

Pronto Saltapocinhas, ao menos agora sabes o que lhe aconteceu. Vais ter de arranjar outro bichaninho fofinho. Borrifa-te para as opinioes e opiniaes,
ai s'o povo mandasse!...era uma guerra!
Bjoca

Luís Maia disse...

Quero deixar aqui o meu abraço de consolo Por aquilo que sofri imagino o que por ai vai.

Eu consegui recuperar o meu quase ao fim de 1 mês. Consegui recuperá-lo escondido num canto aqui do aldeamento, nitidamente com medo de voltar para casa, devido ao medo que tem doutro gato que se passeia perto da nossa, A guerra das gatas é violenta.

Voltou ao meu colo e agora está carente de mimos e de comida não vai esquecer o que lhe aconteceu, ... até à próxima época de cio.

Toda a gente me diz que é óptimo para a vida deles o recurso à capadela, mas eu arrepio-me de ouvir falar

Não concordo com a maria mar, se o meu LIedson (sou do Sporting e ele é levezinho) desaparecesse juro que não quero cá em casa mais nenhum

mlu disse...

Ohhh! Fico triste pelo bichano e pela dona! Numa semana que passei em Inglaterra constatei uma coisa engraçada: nas vivendas (zona rural), as portas das traseiras têm o que nós chamamos gateiras, para os "utentes" entrarem e saírem quando quiserem! Os ingleses acham que os gatos devem conhecer o mundo!

Abraço solidário.

Leci Irene disse...

Triste. A gente se apega aos nossos bichinhos... Mas não se culpe, pois animais como os gatos, precisam dar umas voltas por aí. Não foram feitos para ficarem enjaulados...

Angel disse...

Pois, acontece mais aos gatos, precisamente pela sua facilidade em passearem p ali e p acolá.. Tenho uma colega q me ofereceu um gatinho, se dps quiseres diz qq coisa. Claro q tds os animais são insubstituiveis (assim cm as pessoas), mas é bom ter uma companhia animal :) Força!

polittikus disse...

Os meus Pêsames, pelo animal. Mas pelo menos sabes o que lhe aconteceu e não crias falsas esperanças.

PS - O "flor" que nota lhe dás de 1 a 5?????????

Carla disse...

Olha , não estava nada à espera deste desfecho...mas olha como tu disseste pelo menos teve uma boa vida...e de certeza que amado foi muito, e sabes, quanto ao que os outros dizem não ligues nenhuma...

bj

Olga Mendes disse...

Não preciso de dizer o que penso pois não? Ele foi feliz, subiu aos telhados e aos muros, dormiu ao sol, foi bem alimentado. Abandona a tristeza, ele está no céu dos gatos. Agora essas pessoas das associações tanto querem proteger os animais que os sufocam. Beijinhos Linda.

xunandinha disse...

É sempre muito triste ficarmos sem os nossos queridos animais.Eu tenho porquinhas da india e um coelho que adoro, tenho sempre as portas das gaiolas abertas embora elas e ele não saiám porque estão altos, mas o coelho de vez em quando solto pela casa, claro que se o deixasse fechado ele não roía o fio do computador, claro que ralhei mas continuo a atirar o coelho e a deixar passear, por isso amiga naõ se culpe pois já tinha de acontecer, arranja outro gatinho pequeno, às vezes os veternários sabem ate´de pessoas que dão.Beijinhos

Anónimo disse...

É sempre lamentável.
Só me resta dizer para adoptares outro.

Há.dias.assim disse...

querida,
Sinto muito pela tua dor e só um insensível e que não conhece gatos pode fazer esse comentário.
Tenho 2 gatos que adoro. Um dia, ainda morava em outra casa, deixei a janela aberta e a minha bibi caiu. nunca mais a vi. Sei de uma pessoa que a encontrou e ficou com ela. Chorei, implorei mas ela negou.
Cá em casa há uma moldura com uma foto dela.
Continua a pensar que o teu menino foi feliz enquanto viveu.Amar não é aprisionar...

ameixa seca disse...

Saltapocinhas, é por isso que quero castrar o Matias. Eles ficam muito mais sossegados e não saem tanto de casa. Tenho muito medo que ele seja atropelado e tenho muita pena do que te aconteceu. Lamento mesmo muito!

O Baú do Xekim disse...

Olá bom dia.

Pra si e família, um feliz fim de semana.

Beijinhos.

mixtu disse...

um fim...
cá por casa apenas há gatos...
gosto de saber que são eles que pensam qu enós, os humanos, é que somos os animais de estimação deles.

abrazo serrano

Sissi disse...

Ao ler essa nota fiquei com lágrimas nos olhos, pois tenho 3 gatinhos que amo muito e seria um drama se acontecesse isso com eles. Apesar da consciência pesada em vê-los presos, os mantenho assim, moro num apartamento todo com redes para que eles não fujam nem se machuquem. Há quem diga que isso é crueldade, mas isso é humanizar demais os animais, ou sei lá. Eles me parecem felizes e eu os mimo demais.
Adote um outro gatinho, são muitos que precisam de carinho e de um lar.
Sissi.

Unknown disse...

Ao ler o que aconteceu ao gato não posso deixar de expressar a minha opinião, eu que sou defensora acérrima dos animais e que conhecendo-os como conheço, posso afirmar que são como crianças pequenas, que não pensam (nem sabem o que isso é)nas consequências dos seus actos, pois o que querem é brincar, explorar, satisfazer a curiosidade.
Apesar de gostar do seu gato e de constatar que ficou triste com o atropelamento dele, não consigo deixar de a culpar pelo facto de o deixar andar na rua... Isso da liberdade não passa de uma desculpa da sua consciência para não se sentir tão mal. E a senhora que telefonou diz que o colocou no caixote do lixo. Custava assim enterrar o animal??
Pergunto agora, é sensato deixar uma criança de 3/4 anos na rua, a brincar? (para experimentar a tal liberdade,porque não?)
Tenho 2 gatas e uma cadela. Já tive um gato e 2 cães. Infelizmente a velhice e doenças fizeram com que desaparecessem, mas ainda hoje sinto um vazio enorme por não os ter comigo. Os meus amigos... E as minhas "meninas", todas adoptadas, as minhas fofas queridas, foram esterilizadas para que na altura do cio não dêem problemas... É dispendioso, eu sei disso, mas não se faz o mesmo por um filho/criança, gastando o que for preciso para o seu bem-estar?
Só de pensar que um dia não as vou ter comigo fico com um nó tão grande na garganta e com uma tal vontade de chorar que não é capaz de imaginar... Os animais, esses amigos (os VERDADEIROS) também sofrem, também sentem dor, alegria, tristeza... e não têm culpa de ter nascido... Sejamos mais responsáveis e acima de tudo mais HUMANOS.

saltapocinhas disse...

Olá Iolanda

Estamos de acordo quanto ao sofrimento que nos causa o desaparecimento de um gato (ainda hoje chorei pelo meu...), mas não estamos de acordo com a forma de os tratar.
Não preciso de desculpas para o que aconteceu ao meu gatinho, tenho a consciência tranquila. Tenho a certeza absoluta que a vida dele, embora curta, foi muito feliz: não lhe faltou comida, nem carinho, nem liberdade.
Eu moro numa casa, com pátio, jardim e quintal, é-me impossível prender um gato. Mesmo que fosse possível não o faria, porque acho que a liberdade é essencial à vida de um gato. O meu gato não "andava na rua". Tinha acesso à rua, embora passasse a maior parte do tempo dele - quando não estava dentro de casa que era onde passava mais tempo - no quintal ou no quintal do vizinho.
Não pertenço ao grupo dos que "adoram" animais e que depois os tornam infelizes porque os tratam como se fossem gente. E não, um gato não é como uma criança de 2 ou 3 anos. Um gato é um animal e deve ser tratado e respeitado como tal.

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