23 de março de 2015

Serial Killer...

... sou eu!
No ano passado os ovos de bichos-da-seda que tinha na sala de aula, se calhar por causa do calor ambiente (apesar de não ser muito), eclodiram em fevereiro e não havia comida para lhes dar. A amoreira ainda nem rebentos tinha e os bichos já ali, cheios de fome.
A sorte  foi que eles não foram esquisitos e comeram folhas de alface até as folhas de amoreira estarem prontas.

Para evitar correr esse risco este ano, eu resolvi, no verão, trazer os ovinhos para casa e guardá-los em local fresco.
Lembro-me que pensei em várias hipóteses de locais até me decidir por os guardar exatamente ...

Onde?
Pois não sei!
Já corri tudo e não dou com os ovos!
A esta hora já ecloriram e já morreram de fome...
Estou cheia de remorsos.
E os garotos não perdoam...

6 de março de 2015

Carta de uma mãe

Na sequência de uma troca de mails acerca das dificuldades de uma (boa) aluna para entender as frações, recebi este mail da mãe:

Olá, bom dia,

fico mais descansada! :-) realmente aquilo é muito difícil de explicar. Para nós é obvio, mas para eles é muito complexo. Também não percebo qual é a ideia de ensinar frações a estas idades. A garota é inteligente e olhava para mim como um burro a olhar para um palácio. Até fiquei preocupada! Eu costumo dizer que são "Insónias dos pensadores". Estão na cama, não conseguem dormir e têm estas ideias fantásticas. 
 
A escola está cheia de exageros, exageros na matéria, nos horários... juntam-se as múltiplas atividades extra e os estudos em casa e os miúdos não têm tempo para nada. 

Se não têm tempo para brincar, para descansar, para contemplar, para apanhar seca, como é que vão desenvolver a criatividade, a autonomia, o pensamento crítico e a reflexão? Cada vez se defende mais que são competências essenciais para aprendizagem ao longo da vida mas depois, na prática, não se dá espaço para nada disso. Têm horários de adulto, compromissos diários, não saem à rua nem brincam com os amigos fora da escola... enfim... desculpe o desabafo, mas deixa-me realmente frustrada. 

A M. é uma sortuda :-) vou buscá-la às 16h, para ela lanchar descansada. Faz os trabalhos de casa em 5 minutos e depois brinca com o irmão e faz o que lhe apetece. Quando posso, trago as amiguinhas dela, mas também são tão ocupadas que não têm tempo para vir brincar. Quanto aos estudos, para já, são uma revisão de conceitos na véspera do teste, ehehheh! Fora isso, quando ela tem alguma dificuldade, pede-me ajuda, como nisto das frações. Às vezes estuda por iniciativa dela, por exemplo, se tem ditado, quer treinar antes para não dar erros, mas é ela que põe os objetivos. Acho que não precisa de mais nada. Quero que ela seja criança e aproveite o tempo livre o mais que puder!

Beijinhos e obrigada,
D.

3 de março de 2015

Há uns tempos recebemos


cá em casa uma carta da Segurança Social a dizer que o meu marido lhes devia cerca de 2000 euros. E não ficam por aqui: logo no segundo parágrafo ameaçavam penhorar os nossos bens, caso não pagássemos.

Apesar de sabermos que não devíamos nada a ninguém, receber uma carta assim "simpática" é muito chato. Quando o meu marido se apresentou nos serviços com os comprovativos de que não lhes devia nada, confirmaram que era realmente verdade, que ficasse descansado.
Mas, à cautela, o meu marido exigiu-lhes que fizessem essa declaração por escrito, uma vez que a declaração de que devia dinheiro também tinha vindo por escrito.
Ao fim de muito tempo e de muita insistência, chegou a tal declaração.
Agora está arrumada em lugar muito seguro, mas estamos até a pensar em alugar um cofre num banco para a guardar, não vá o diabo tecê-las.

Por isso, nesta história Passos Coelho versus Segurança Social, venha o diabo e escolha o mais gatuno...

Margarida Espantada

Margarida Espantada by Rodrigo Guedes de Carvalho My rating: 3 of 5 stars Gostei do livro mas acho que o autor exagera de mais em nomear ...