Houve muita gente que lutou, sofreu e até morreu para que os trabalhadores tenham os direitos que têm hoje.
No entanto, estamos a correr o risco de que todos estes direitos de que hoje usufruímos vão por água abaixo.
Começou com os supermercados: não lhes bastava estarem abertos até às 23 e tiveram de abrir também aos domingos.
O mesmo se passa com as lojas dos centros comerciais, abertas até altas horas, às moscas (nem às moscas porque as moscas deitam-se cedo).
(Basta passarmos a fronteira para termos os supermercados fechados às 20 e fechados aos domingos. E, que eu saiba não morreu ninguém por causa disso nem os espanhóis foram à falência!)
Ontem fiquei a saber que as pessoas que trabalham em "call centers" numa área tão "urgente" como o apoio ao cliente, trabalham também até às 23 horas!
Agora digam-me que tempo tem uma mãe ou um pai para os filhos se sai do trabalho a essa hora?
Esta reflexão vem a propósito dum artigo que anda aí sobre a "escravatura" deste século e também por causa da greve da autoeuropa. Não querem trabalhar aos sábados e fazem muito bem. O direito de não trabalhar ao sábado foi uma conquista que não se pode perder.
30 de agosto de 2017
19 de julho de 2017
Ainda os ciganos
Durante cerca de 15 anos tive alunos ciganos. Às vezes menos, outras vezes muitos.
Nunca tive problemas com os alunos desta etnia, mas houve algumas situações desagradáveis.
A primeira situação e a que mais problemas levantava era porque enquanto os alunos não ciganos entram para a escola com 6 anos, eles às vezes entravam com 10 ou quando lhes apetecia. A diferença de idades era geradora de conflitos, além de que assustavam os mais pequenitos. Depois, no caso de uma zanga no recreio, enquanto que os "nossos" resolvem a coisa entre os beligerantes, no caso dos alunos de etnia cigana, se houvesse uma briga com um deles, vinham todos para atacar o beligerante não cigano.
Em toda a minha vida profissional só me desapareceu dinheiro da carteira por 2 vezes e das duas foram alunos de etnia cigana. Doutra vez roubaram a máquina fotográfica da escola e também foi uma aluna de etnia cigana (descobrimos porque a máquina apareceu, muito tempo depois e, quando mandámos revelar o rolo, lá estavam fotos de todo o pessoal do acampamento).
Dos ciganos que conheci (familiares dos meus alunos) todos viviam da segurança social, todos mesmo, sem nenhuma exceção.
Posto isto, quero dizer que, pela realidade que conheço, o que André Ventura afirmou é a mais pura das verdades. Eu sei que não se pode generalizar, mas quando a maioria das pessoas de um determinado grupo tem um determinado comportamento, não há como não o fazer.
Nunca tive problemas com os alunos desta etnia, mas houve algumas situações desagradáveis.
A primeira situação e a que mais problemas levantava era porque enquanto os alunos não ciganos entram para a escola com 6 anos, eles às vezes entravam com 10 ou quando lhes apetecia. A diferença de idades era geradora de conflitos, além de que assustavam os mais pequenitos. Depois, no caso de uma zanga no recreio, enquanto que os "nossos" resolvem a coisa entre os beligerantes, no caso dos alunos de etnia cigana, se houvesse uma briga com um deles, vinham todos para atacar o beligerante não cigano.
Em toda a minha vida profissional só me desapareceu dinheiro da carteira por 2 vezes e das duas foram alunos de etnia cigana. Doutra vez roubaram a máquina fotográfica da escola e também foi uma aluna de etnia cigana (descobrimos porque a máquina apareceu, muito tempo depois e, quando mandámos revelar o rolo, lá estavam fotos de todo o pessoal do acampamento).
Dos ciganos que conheci (familiares dos meus alunos) todos viviam da segurança social, todos mesmo, sem nenhuma exceção.
Posto isto, quero dizer que, pela realidade que conheço, o que André Ventura afirmou é a mais pura das verdades. Eu sei que não se pode generalizar, mas quando a maioria das pessoas de um determinado grupo tem um determinado comportamento, não há como não o fazer.
30 de junho de 2017
Livros para reutilizar?
Para que quem não está dentro do assunto perceba melhor (e já agora quem fez esta lei de reutilizar os manuais também), junto algumas fotos de livros que, supostamente seriam para reutilizar.
Desafio quem quer que seja a apagar os exercícios que foram feitos.
E como as imagens valem mais que as palavras, deixo alguns exemplos e nem digo mais nada.
Desafio quem quer que seja a apagar os exercícios que foram feitos.
E como as imagens valem mais que as palavras, deixo alguns exemplos e nem digo mais nada.
21 de junho de 2017
Provas de aflição
Debaixo de um calor medonho e mais que cansados por estarmos já para lá do fim do ano letivo, as crianças (muitas com apenas 7 anos) fizeram hoje outro exame. Podem tentar dourar a pílula chamando-lhe outros nomes, mas trata-se de um exame. Cheio de idiossincrasias: aparato policial à porta para recolher as provas que, no entanto, foram aplicadas pelo professor da turma mas que não podem ser corrigidas pelo mesmo... Se querem apenas saber quais são as dificuldades dos alunos, acabem com este aparato, deixem o professor da turma aplicar e corrigir as provas e enviar os resultados para o ministério para serem analisados. Assim teriam alguma utilidade. Da maneira que estão são (mais uma) aberração das muitas que existem na educação.
19 de junho de 2017
O velho, o rapaz e o burro
é a minha fábula favorita.
Nela percebemos sem sombra para dúvida que, faça-se o que se fizer, há sempre quem critique.
Se o problema for pessoal, é fácil: a partir de uma certa idade ganhei juízo e agora estou-me nas tintas para o que pensam "os outros" daquilo que faço ou deixo de fazer.
Quando a questão tem a ver com o país, aí é mais complicado.
Desde sábado, o dia da tragédia de Pedrógão, as opiniões publicadas por toda a gente são mais que muitas e todas contraditórias. Temos um país de especialistas em florestas, em ordenar o território, em apagar incêndios, em cortar ou não cortar estradas, enfim, temos um país especializado...
(Só não entendo porque continua a haver incêndios)
Todos fariam melhor se fossem políticos, se fossem bombeiros, se fossem pilotos, se fossem da GNR, se fossem o primeiro ministro, se fossem o presidente da república, se fossem...
Mas não são.
Nela percebemos sem sombra para dúvida que, faça-se o que se fizer, há sempre quem critique.
Se o problema for pessoal, é fácil: a partir de uma certa idade ganhei juízo e agora estou-me nas tintas para o que pensam "os outros" daquilo que faço ou deixo de fazer.
Quando a questão tem a ver com o país, aí é mais complicado.
Desde sábado, o dia da tragédia de Pedrógão, as opiniões publicadas por toda a gente são mais que muitas e todas contraditórias. Temos um país de especialistas em florestas, em ordenar o território, em apagar incêndios, em cortar ou não cortar estradas, enfim, temos um país especializado...
(Só não entendo porque continua a haver incêndios)
Todos fariam melhor se fossem políticos, se fossem bombeiros, se fossem pilotos, se fossem da GNR, se fossem o primeiro ministro, se fossem o presidente da república, se fossem...
Mas não são.
:(
15 de junho de 2017
Nossa Senhora das Avaliações
Foi criada uma nova divindade: a Nossa Senhora das Avaliações.
É incrível a importância que se está a dar às fichas de avaliação realizadas pelos petizes hoje em dia.
Antigamente, cada professor elaborava as fichas de avaliação da sua turma, de acordo com o desenvolvimento dos seus alunos e aplicava-as quando entendia. As classificações eram dadas a "olhómetro", pois cada professor sabe, melhor que ninguém, o pensamento que esteve por trás de cada resposta...
Hoje em dia, em vez de professores, somos todos profissionais da avaliação: a elaboração das fichas de avaliação leva dias de trabalho e fica digna de ser analisada pelo CSI: tudo visto ao pormenor, não podem falhar matrizes, critérios e cotações. Chegamos ao ridículo de ter de apresentar respostas para fichas do 1.º ano - "considera-se certo se respondeu 3+2=5" - não vá dar-se o caso de algum professor não saber a resposta.
No mesmo Agrupamento, as fichas têm de ser aplicadas no mesmo dia e à mesma hora, sob pena de sermos acusados de "desobediência"!
Mas, a culpa disto tudo não é só do ministério e de alguns professores: há papás que exigem saber "o que vai sair" nas fichas, mesmo que o seu rebento ande apenas no 1.º ano... (o que vai sair?? Pelo amor de Deus!! Deve saber ler e escrever alguma coisa, não é??)
Há pais que publicam as respostas dos filhos e a cotação que a professora deu, na net, e pedem opiniões sobre o assunto!! (e, se tivessem 2 dedos de testa, pelas respostas aos comentários veriam como é complexa esta tarefa de cotar uma resposta!).
Só me resta deixar um apelo: deixem as crianças em paz, deixem-nas aprender ao seu ritmo!
Por fim, quando falo de pais, não estou a referir nenhum dos "meus" que, felizmente, são todos pessoas inteligentes e que nunca me questionaram sobre este assunto. Confiam em mim e eu confio neles.
É incrível a importância que se está a dar às fichas de avaliação realizadas pelos petizes hoje em dia.
Antigamente, cada professor elaborava as fichas de avaliação da sua turma, de acordo com o desenvolvimento dos seus alunos e aplicava-as quando entendia. As classificações eram dadas a "olhómetro", pois cada professor sabe, melhor que ninguém, o pensamento que esteve por trás de cada resposta...
Hoje em dia, em vez de professores, somos todos profissionais da avaliação: a elaboração das fichas de avaliação leva dias de trabalho e fica digna de ser analisada pelo CSI: tudo visto ao pormenor, não podem falhar matrizes, critérios e cotações. Chegamos ao ridículo de ter de apresentar respostas para fichas do 1.º ano - "considera-se certo se respondeu 3+2=5" - não vá dar-se o caso de algum professor não saber a resposta.
No mesmo Agrupamento, as fichas têm de ser aplicadas no mesmo dia e à mesma hora, sob pena de sermos acusados de "desobediência"!
Mas, a culpa disto tudo não é só do ministério e de alguns professores: há papás que exigem saber "o que vai sair" nas fichas, mesmo que o seu rebento ande apenas no 1.º ano... (o que vai sair?? Pelo amor de Deus!! Deve saber ler e escrever alguma coisa, não é??)
Há pais que publicam as respostas dos filhos e a cotação que a professora deu, na net, e pedem opiniões sobre o assunto!! (e, se tivessem 2 dedos de testa, pelas respostas aos comentários veriam como é complexa esta tarefa de cotar uma resposta!).
Só me resta deixar um apelo: deixem as crianças em paz, deixem-nas aprender ao seu ritmo!
Por fim, quando falo de pais, não estou a referir nenhum dos "meus" que, felizmente, são todos pessoas inteligentes e que nunca me questionaram sobre este assunto. Confiam em mim e eu confio neles.
11 de junho de 2017
8 de maio de 2017
Rapidinha de segunda
Diz a professora para os alunos:
"Amanhã, tragam todos um animal de estimação."
No outro dia, diz a professora para a menina Raquel:
"Então menina Raquel, diga-me lá o que é que trouxe..."
"Eu trouxe uma cadelinha, senhora professora."
"E como é que sabe que é uma cadelinha e não um cãozinho?"
"Porque é uma menina tal como eu."
"E o Pedrinho o que trouxe?"
"Eu trouxe uma pombinha, senhora professora."
"E como é que sabe que é uma pomba e não um pombo?"
"Porque ela põe ovos."
"Muito bem! E o menino Joãozinho, vá, diga-me lá o que é que trouxe?"
"Eu trouxe um sardinho, senhora professora.
"Um sardinho?"
"Sim, senhora professora. É um sardinho porque na lata dizia «sardinha com tomates»!!"
"Amanhã, tragam todos um animal de estimação."
No outro dia, diz a professora para a menina Raquel:
"Então menina Raquel, diga-me lá o que é que trouxe..."
"Eu trouxe uma cadelinha, senhora professora."
"E como é que sabe que é uma cadelinha e não um cãozinho?"
"Porque é uma menina tal como eu."
"E o Pedrinho o que trouxe?"
"Eu trouxe uma pombinha, senhora professora."
"E como é que sabe que é uma pomba e não um pombo?"
"Porque ela põe ovos."
"Muito bem! E o menino Joãozinho, vá, diga-me lá o que é que trouxe?"
"Eu trouxe um sardinho, senhora professora.
"Um sardinho?"
"Sim, senhora professora. É um sardinho porque na lata dizia «sardinha com tomates»!!"
3 de maio de 2017
Provas de aferição
Desde que me lembro (e já lá vão muitos anos), todos os governos não querem ir embora sem deixar "uma marca" na educação.
Infelizmente os partidos não se entendem neste assunto e por isso andamos, desde o 25 de abril, a servir de cobaias.
Hoje foi dia de mais uma "cobaiada" com as provas de aferição do 2.º ano.
Como se já não bastasse terem inventado provas de português e matemática, este ano decidiram alargá-las à área das expressões, com a desculpa idiota de que estas áreas estavam a ser esquecidas nas escolas.
Se estão, não é um exame que as fará lembrar! Para isso seria mais útil, isso sim, aumentar a carga horária dessas disciplinas que, neste momento é de 3 horas semanais (3 horas a distribuir por expressão plástica, expressão dramática, expressão musical e expressão físico-motora).
Por isso hoje, nas escolas, estiveram miúdos de 7 anos a fazer provas todo o dia! Os respetivos professores nem tiveram direito à sua hora de almoço pois tinham de acompanhar os seus alunos numa escola que eles mal conhecem.
Resta-me esperar que esta ideia peregrina não tenha pernas para andar, porque é completamente inútil e uma perda de tempo.
Ainda mais uma achega, por Santana Castilho:
«Provas para crianças do 4º ano, de 9 anos, que só existiam em dois países da Europa, foram condenadas no tempo de Nuno Crato e eu pertenci ao grupo. Mas provas para crianças do 2º ano, de 7 anos, inexistentes em toda a Europa, ainda por cima com uma exposição pessoal que pode ser vexatória, parecem pacíficas em maré da Geringonça. Mas eu não estou no grupo.»
28 de março de 2017
Aeroporto... quê?
A sério?
É uma parolice de todo o tamanho dar ao aeroporto o nome de Ronaldo.
Na primeira vez que ouvi a notícia pensei que era uma brincadeira e só hoje descobri que afinal é mesmo a sério!
Nunca achei piada nenhuma a pavilhões chamados Rosa Mota ou Carlos Lopes. Acho que essa homenagem (ao contrário de outras) só deve ser feita depois da pessoa ter morrido. Mas, do mal o menos: dar aos pavilhões o nome de atletas não é completamente despropositado...
Agora dar o nome de Cristiano Ronaldo a um aeroporto? Um aeroporto??
Se mais ninguém tem juízo e são todos uns lambe botas, poder-se-ia esperar algum senso da parte do próprio Ronaldo, rejeitando ele a ideia.
Mas como se pode esperar bom senso da parte de um rapaz que, tendo metade do mulherio do mundo ansioso por ir para a cama com ele, compra os filhos já feitos?
É uma parolice de todo o tamanho dar ao aeroporto o nome de Ronaldo.
Na primeira vez que ouvi a notícia pensei que era uma brincadeira e só hoje descobri que afinal é mesmo a sério!
Nunca achei piada nenhuma a pavilhões chamados Rosa Mota ou Carlos Lopes. Acho que essa homenagem (ao contrário de outras) só deve ser feita depois da pessoa ter morrido. Mas, do mal o menos: dar aos pavilhões o nome de atletas não é completamente despropositado...
Agora dar o nome de Cristiano Ronaldo a um aeroporto? Um aeroporto??
Se mais ninguém tem juízo e são todos uns lambe botas, poder-se-ia esperar algum senso da parte do próprio Ronaldo, rejeitando ele a ideia.
Mas como se pode esperar bom senso da parte de um rapaz que, tendo metade do mulherio do mundo ansioso por ir para a cama com ele, compra os filhos já feitos?
26 de março de 2017
14 de março de 2017
Rapidinha de segunda
- Ficas muito mais bonita quando não usas óculos, diz ele.
- Engraçado - responde ela. Tu também ficas muito mais bonito quando não os uso!
13 de fevereiro de 2017
Rapidinha de segunda
- Queria uma mesa de sala de jantar, grande.
- Temos esta aqui... dá para 8 pessoas, sem problemas.
- E onde é que eu vou arranjar 8 pessoas que não tenham problemas?
- Temos esta aqui... dá para 8 pessoas, sem problemas.
- E onde é que eu vou arranjar 8 pessoas que não tenham problemas?
15 de janeiro de 2017
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