Houve muita gente que lutou, sofreu e até morreu para que os trabalhadores tenham os direitos que têm hoje.
No entanto, estamos a correr o risco de que todos estes direitos de que hoje usufruímos vão por água abaixo.
Começou com os supermercados: não lhes bastava estarem abertos até às 23 e tiveram de abrir também aos domingos.
O mesmo se passa com as lojas dos centros comerciais, abertas até altas horas, às moscas (nem às moscas porque as moscas deitam-se cedo).
(Basta passarmos a fronteira para termos os supermercados fechados às 20 e fechados aos domingos. E, que eu saiba não morreu ninguém por causa disso nem os espanhóis foram à falência!)
Ontem fiquei a saber que as pessoas que trabalham em "call centers" numa área tão "urgente" como o apoio ao cliente, trabalham também até às 23 horas!
Agora digam-me que tempo tem uma mãe ou um pai para os filhos se sai do trabalho a essa hora?
Esta reflexão vem a propósito dum artigo que anda aí sobre a "escravatura" deste século e também por causa da greve da autoeuropa. Não querem trabalhar aos sábados e fazem muito bem. O direito de não trabalhar ao sábado foi uma conquista que não se pode perder.
30 de agosto de 2017
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