Se há profissão que eu nunca poderia ter é a de juiz.
Sou um bocado preconceituosa, tenho a mania de julgar pelas aparências.
Para mim, as pessoas têm "cara de más" ou "cara de boas" e a minha intuição costuma ser bastante certeira.
Mas um juiz não pode julgar assim!
Tem o dever de se informar, de falar com as pessoas, de ouvir todas as opiniões, de ler todos os relatórios...
Pelos vistos, foi o que o juiz do "caso Alexandra" não fez!
Pelo menos a julgar pelo que li hoje no CM:
«O juiz assume que decidiu com base em papéis, que nunca conheceu Alexandra, que criticou a mãe afectiva sem a ter visto e que a entregou à mãe biológica com base em relatórios russos.»
E, como se não bastasse, ainda acrescenta não estar arrependido!
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5 comentários:
Mais valia ficar caladito.
É uma profissão que exige muita flexibilidade. DEve ser arreligiosa, amoral... Ter o sentido de ética e justiça a cima das emoções...
Eu... Não sei se faria um bom papel...
Afinal é um ele--juiz... já nem se pode acreditar nas repostagens de alguns pasquins que se ouvem...sory pela informação anterior.
No entanto deve ser um juiz muitaaaa mauuuuu....
E o que faz isso é faltarem técnicos de saúde, como psicólogos (tenho que puxar a brasa para a minha sardinha), a trabalhar nos tribunais. Seria interessante fazer uma análise às pessoas envolvidas no processo, falar com elas, conhecer as partes, descobrir capacidades ou incapacidades de parte a parte para cuidar de uma criança. Julgar pela aparência não pode ser permitido em casos destes! Acho bem que ele tenha um processo disciplinar e que responda pelo mal que fez!
Esta história foi muito mal conduzida, temos de concordar! Mesmo que se tratasse de uma mãe dedicada, que tivesse o azar de perder a filha, uma vez que esta menina só conhecia a pessoa que a criou, o bom-senso diria que a transferência devia ser gradual, permitindo 'conhecer' a pessoa com quem ia viver. Apesar das criticas que foram feitas ao caso da menina Esmeralda/Ana Filipa esta foi tratada de um modo diferente.
Claro que se pode dizer que uma «família de acolhimento» não é uma família para sempre. Mas então como é que os serviços a deixaram lá ficar durante tantos anos?! Que projecto de vida tinha esta menina? Se a lei determina que se deve julgar pelo «superior interesse da criança» foi isso que se fez?...
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