17 de junho de 2010

Incentivo à malandragem


Caso A:

Ele é operário numa fábrica, ela auxiliar numa escola.
Depois dos empregos e aos fins de semana, ainda se dedicam a cultivar umas terras donde tiram mais do que aquilo que necessitam por isso também têm animais: galinhas, coelhos, porcos, ovelhas.
Têm 1 carro que normalmente é ele que usa durante a semana. Ela vai de bicicleta para o trabalho.
Como não têm tempo para andar por aí a gastar o que ganham, têm casa própria e mais de 100 mil euros no banco.

Caso B:

São os dois operários fabris, mas os rendimentos são idênticos aos do casal A.
Têm 1 carro, que já trocaram milhentas vezes por outros mais vistosos. Também houve uma altura em que ele cismou que o que estava a dar era ter uma moto e comprou uma.
Teve-a até ao dia em que a espatifou num acidente.
Depois do trabalho, ou ele sozinho, ou ambos, vão para o café.
Embora anexo à casa haja terrenos, estes estão a monte.
Pagam uma renda simbólica, por isso o senhoria já lhes quis vender a casa inúmeras vezes. Nunca quiseram.

Não têm 100 mil euros no banco.

Conclusão:

Se um elemento do Caso A ficar sem emprego, não tem direito a subsídio: são ricos e auto-suficientes.

Se um elemento do Caso B ficar na mesma situação, tem direito a subsídio: são pobres e necessitam da ajuda de nós todos.

Espero que apareça alguém a dizer que esta lei não pode avançar por ser ilegal.
Imoral tenho a certeza que é!

8 comentários:

xunandinha disse...

Eu já nem digo nada, é o que eu digo isto está de rastos.Beijinhos

Olga Mendes disse...

É o país que temos e tem de mudar.

jorgil disse...

Claro que é incentivo à malandragem, por isso estamos como estamos. Os que esbanjaram fortunas e que derreteram dinheiro que era de todos e agora estão em aflição, têm que ser ajudados pelos camelos que trabalham!

leãozinho disse...

Se há tanta lei como essa no nosso país, porque não mais uma?
Os portugueses já comem tudo.Em tempos chegaram à Índia, agora, já só chegamos aos empregos que nos absorvem a alma e o tempo. Quando saímos já só queremos descanso. Mais lei menos lei já nada importa. É mais uma...

José António disse...

O problema é que quem o gasta não o tem. E, deixemo-nos de conversas, os homens querem dinheiro vivo!

Unknown disse...

É por estas e por outras que estamos no estado em que estamos!

mlu disse...

O chamado "princípio da universalidade na segurança social", às vezes dá nisto, mas não parece, nem é justo! Ainda por cima, os "espertos" chamam parvos aos outros!

Abraço

Anónimo disse...

Não sei a que subsídio te referes nem a Lei...ando desligado de tudo aquilo que me irrita porque a "setôra" (e o coração)assim o exige. No entanto...posso dizer que há 25/26 anos (mais coisa menos coisa) eu já estava casado e de um momento para outro fiquei desempregado.
NÃO tive direito a subsídio de desemprego porque a minha mulher era funcionária pública, trabalhava e "chegava muito bem para os dois", segundo despacho do departamento da altura. :(

Só que se esqueceram de um pormenor...eu já trabalhava desde os 15 anos e já ganhava (nessa altura) o dobro da minha mulher! eheheheheh:o)

Tudo de bom

(PS.: Nunca tive, nem tenho esses tais 100 mil no Banco...a minha mulher continua funcionária pública (no topo da carreira) e não tenho direito a subsídio nenhum pois ainda tenho uma filha a estudar na Faculdade....)

;)

Isto dá-me vontade de rir


:)))))))))))))))))))))

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