Não era o meu "autor" preferido (aliás, só descobri agora que ele tinha livros publicados), mas às vezes lia as suas crónicas na TV Guia.
Lia principalmente quando ele as escrevia do estrangeiro - como esta última, que ele escreveu de Nova Iorque, muito feliz); quando ele falava do "jetset" de cá, nem lia, não gostava da sua maneira de escrever por enigmas, só entendíveis por aqueles a quem eram dirigidas as críticas.
Gostava da sua maneira de criticar alguns (maus) costumes, mas afinal vai-se a ver e ele também tem telhas de vidro: seduzir rapazinhos não me parece muito honesto
Apesar de tudo, era uma pessoa digna, e nem que não fosse, ninguém merece morrer assim.
Quanto ao rapaz que o matou, não dá para perceber o que lhe passou pela cabeça! Num acesso momentâneo de fúria pode-se matar alguém (?), mas passar uma hora a torturar uma pessoa não é um acesso de fúria.
O que é certo é que muitas vidas ficaram destruídas com este ato tresloucado: primeiro, e de forma irreversível, a de Carlos Castro, mas também as do rapaz e da sua família.
É nestas alturas que até apetece acreditar no diabo.
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7 comentários:
Nunca dá para perceber o que passa pela cabeça de uma pessoa que mata outra. Não é um acto normal e, desta maneira sádica, ainda menos. O ser humano é muito complicado!
Abraço
Ainda não consegui perceber como e porquê foi morto ( tenho estado em trabalho fora de Portugal). Mas a ideia com que fiquei de Carlos Castro é estranha, pois apesar de ser Gay assumido, vi-o muitissimas vezes, acompanhado por mulheres lindissimas, daquelas que entravam na sala e fazia-se silêncio...
O pior de tudo é não sabermos se entre as pessoas ao nosso lado existem alguma com instinto assassino....
Muito estranho, como tudo o que envolve a mente humana.
E se o homicídio (e, já agora, tal como terá sido tudo o resto) tiver sido a pedido?
A mim, choca-me que agora se possa escrever "ato" na vez de acto.
jama: ah, sim, a pedido...e também iam pedir tortura?
JG:
a mim choca-me haver pessoas com os valores tão baralhados.
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