5 de março de 2011

Gerações

Faz hoje anos que o meu marido regressou de Angola, de cumprir o serviço militar.
Naquela altura não havia geração à rasca, muito menos geração rasca.

Naquela altura houve uma geração que não teve escolha: aos 20 anos viam a sua vida interrompida: emprego, faculdade ou família, tinham de largar tudo e partir para uma guerra de onde muitos voltaram estropiados e outros nem voltaram.

Por isso me custa ouvir hoje tantas queixas. Muitas com razão, mas muitas também de jovens que apenas são comodistas...

5 comentários:

Politikus disse...

A maior parte é puro comodismo...

mfc disse...

Nessa altura as coisas eram bem difíceis (eu sou desse tempo...), mas hoje são outros os problemas e também bem aflitivos!

mlu disse...

Ontem ouvi um senhor político muito"preocupado" pq. muitos jovens têm de pedir empréstimo para continuarem a estudar! E então? Tenho na família quem se licenciou assim, está a trabalhar, a pagar o empréstimo e a viver!

Um abraço.

Anónimo disse...

É obvio que todas as gerações têm os seus problemas, para quê comparar? Para quê esta polémica agora? Isto já não está difícil o suficiente? Se a maior parte é comodista? Talvez. Afinal, não será a nossa sociedade comodista? A maior parte dos políticos, não são comodistas? A maior parte dos professores, não são comodistas? A maior parte dos desempregados com subsídio, não são comodistas? A maior parte dos empresários, não são comodistas? Talvez sim ou talvez não. A verdade é que para sabermos a resposta a estas perguntas, teremos de viver e conviver com essa maior parte, o que não acontece comigo. Logo não sei responder. Embora a tendência seja responder que sim, afinal de contas temos o país no estado que temos e alguma razão tem de haver para tal. Será o comodismo? Agora o que eu sei é que eu sou jovem, licenciado e comecei a trabalhar 12 horas por dia e não é exagero, ganhando unicamente 426 euros e tinha que ter experiencia em diversas coisas, para ver o “comodista” do patrão como um volvo e o filho de bmw. Como não gosto de alimentar pançudos, demiti me passado um ano de “escravatura” e fui à luta. Hoje, trabalho, ganho pouco mais do salário mínimo actual, mas que se adequa inteiramente ao meu trabalho. Bastou ser licenciado e começar por baixo e não necessitei de ter uma lista infindável de experiencia nisto ou naquilo. Agora é trabalhar para subir na empresa. Como eu e outros colegas meus que conheço e vivo o seu dia a dia com a mesma situação, não, não somos comodistas. Mas lá está, também não somos a maioria!

P. Reis

Anónimo disse...

eu sou jovem!
sou professora!
mas já fui muitas outras coisas... entretanto, devido ao comodismo de muita gente... vou deixar de ter trabalho como professora!
os comodistas dos jovens querem ter trabalho...
os comodistas dos senhores políticos não olham a meios para cortar na despesa... e os jovens que se lixem!

quando será que os jovens terão direito ao trabalho???
quando forem velhos??!!!
e até lá adia-se a Vida em todos os seus sentidos??
neste momento nem sei se no proximo ano terei direito a 300 e poucos euros de subsidio social de desemprego! será que também dará para comer??
já agora fechem o país! porque não?

f.v.

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