Não há dor maior no mundo do que perder um filho. Só imaginar, já custa.
Entendo que, quando isto acontece a um pai ou a uma mãe, estes vão insistir em procurar a resposta ao "porquê?".
Deve ser uma coisa que ajuda a mitigar a dor, julgo eu.
Posto isto, quero dizer que compreendo perfeitamente o desespero dos pais dos jovens que morreram na praia do Meco e a sua procura por um bode expiatório.
O que eu não compreendo é a atitude pouco sensata de alguns jornalistas.
Procurar vender jornais ou programas de televisão explorando indecentemente a dor das pessoas não me parece correto.
A resposta à pergunta "foi praxe ou não foi praxe?", não tem importância nenhuma.
Pode ter sido um mero acidente (hipótese mais que provável, dada a violência das ondas naquela noite). Mas, se houve praxe, foi uma brincadeira consentida. Porque não estamos a falar de caloiros com medo de não serem "aceites no grupo", mas sim de jovens finalistas, que estavam ali voluntariamente.
Há neste momento um jovem cuja única culpa é ter sobrevivido.
Estranho, não é?
16 de outubro de 2014
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3 comentários:
Entre esta guerra de audiências e leitores há um nome de qualidade duvidosa que sobressai Correio da Manhã.
e uma jornalista da TVI chamada Ana Leal.
Também é o que penso.
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