Apesar de ter quase prometido a mim própria não o fazer, vou ter mesmo de dizer o que penso sobre o "barco do aborto".
Mas primeiro vou arranjar aqui uma espécie de bunker para me enfiar depois de publicar...
(já está...)
É que a minha opinião vai de encontro à de quase todas que tenho lido por aqui...
Por uma vez eu concordo com o Paulo Portas (espero que esta custosa afirmação não me provoque nenhuma alergia) e até acho que ele fez bem em proibir a entrada do barco!
Senão vejamos: o mar é nosso, não é? E em Portugal é proibido o aborto (e sobre isto nada digo...), não é? Então não podemos deixar entrar cá um barco que vem fazer uma coisa que para nós é proibida...
Simples, não??
Assim como não deixaríamos entrar um barco onde as pessoas pudessem entrar para consumir drogas, ou um barco com uma forca para matar assassinos, porque também são coisas proibidas por cá.
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Moral da história:
Esta história não tem moral...
O que faz falta é as pessoas dialogarem e chegarem a um consenso, pois as coisas não podem ficar como estão, com mulheres a arriscar a vida em abortos clandestinos, por um lado, e por outro uma cambada de sanguessugas a encherem-se de dinheiro à custa da desgraça alheia...
Quando será que teremos um governo que pegue neste assunto e o resolva com a dignidade que merece??
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Hoje li que há crianças que ficam abandonadas em hospitais: umas porque os pais são tão pobres que não as podem tratar, outras são abandonadas no período de férias dos "pais"!!!
(Mas a que propósito me fui lembrar deste assunto agora??)
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7 comentários:
E porque motivo proibe as pessoas de ir ao barco??? O suposto "crime" não é realizado em território nacional... ou é? O juiz hoje manhã disse q sim, logo eu sou burro e prefiro ficar calado...
cá estou cá estou e gostei desta nova casa:) vou tentar não a perder de vista:) um beijinho! **** (marília das tintas;)
@@ POLLITIKUS: essa do território nacional tem que se lhe diga. O barco pode não ser, mas o mar onde ele navega é, portanto nós é que mandamos... Se entrar um estrangeiro em tua casa, continua a ser estrangeiro mas as regras és tu que ditas... Quanto à história do tribunal ouvi agora às 18 horas na rádio. Ainda não tinha ouvido notícias hoje, não fui influenciada por nada, dei apenas a minha opinião.
E se aquela gente viesse de Autocarro, a pé ou de carroça? E o que acontece às mulheres que têm dinheiro para ir à vizinha Espanha e Inglaterra, abortar. Das outras não falo.Serâo excluidas da sociedade? Ah! estamos já, numa sociedade de excluídos! Esquecia-me.Da
arrogância nasce uma sociedade desigual. Não vivéssemos nós com um poder oliogárquico. Finalmente, venham muitos debates: ninguém arreda pé das suas convicções. Reina e reinará a hipocrisia.
Já pregava Frei Tomás:"olhem para o que ele diz e não para o que faz".
@@@ AFIGARO: "Deste a volta" ao texto para o lado que te convinha...
Eu limitei-me a dar a minha opinião acerca da entrada ou não do barco. Somos ou não somos donos das nossas águas territoriais? Ou somos um país onde não há nenhuma autoridade e entra cá quem quer? Foi só disto que eu falei... O resto dá pano para mangas, nem sequer expressei a minha opinião, porque o assunto que para aqui chamei não era esse!
Ora bem... eu até podia tentar dar-lhe razão, mas o "Sr." Paulo Portas se tem ficado quieto tinha feito melhor figura - para ele é claro.
O barco acostava, calma e serenamente. A polémica que se levantou - quanto a mim ainda bem, porque é bom abanar-se estes espíritos adormecidos :-) - tinha sido evitada: o aparato era perfeitamente dispensável. Se a lei fosse quebrada, actuavam. Não concordo com a lei, como sabes. Mas - e onde estavam quase 50% dos eleitores portugueses no dia do referendo ? - as leis são para se cumprir. Sem excepções (o que também não se passa neste país...). E uma das funções dos nossos governantes é exactamente fazer cumprir as leis.
A pedofilia é um crime - e acho que ninguém discorda - gravíssimo e os presumíveis inocentes/culpados andam à solta porque não estão a quebrar nenhuma lei. Quanto a mim, o dito barco também é inocente até prova em contrário.
Esta manifestação de "donzela ofendida" ainda sem ter sido penetrada é simplesmente ridícula. Marinha de Guerra para travar meia dúzia de mulheres, armadas com um gabinete de ginecologia e comprimidos que se vendem livremente em Portugal ?? Se um dia - longe vá o agouro - formos invadidos por um exército o que fazemos ? E se o barco ainda não se tiver ido embora ? Como temos imensos meios, devem andar a correr de um lado para o outro...
Tu desculpa-me minha querida, mas por este prisma a situação é hilariante.
Um beijo enorme
rafapaim do filosofia barata: a soluçao nao deve vir de fora... deve ser encontrada aqui dentro!!!
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