30 de abril de 2006
Uma fotografia por domingo (14)
Eu andava a passear por aqui, pelo castelo de Leiria.
Tirei poucas fotos porque me sentia derreter com tanto calor e nem me apetecia pegar na máquina...
29 de abril de 2006
Gatos (mesmo) fedorentos
Desde que se mudaram para a RTP1 não perdi um episódio e tenho gostado bastante... até ontem!
O humor pode brincar com tudo?
Eu acho que não, que há assuntos com que não se deve brincar.
A morte é um deles, a religião é outro.
Mas não foi nenhum desses assuntos que me chocou ontem. Foi uma piada à primeira vista inocente, mas que me incomodou bastante: aquela cena do criador de "gatos correio" em que atiram um gato da varanda dum prédio...
Ainda tenho muito recente na minha memória aquela história dos anormais de Montemor que atiravam gatos da muralha do castelo...
Não gostei, não achei piada nenhuma, antes pelo contrário.
E como diz o nosso (ainda) maior comediante, "eles até são uns rapazes tão talentosos, não habia nexexidade"!
27 de abril de 2006
...
Pelo que percebi a viagem - de uma semana! - era a uma estância balnear espanhola, mas segundo o jornalista os jovens raramente chegavam a ver o sol. A vida deles resumia-se a discotecas, bebedeiras e figuras tristes nas ruas! (e mostraram imagens elucidativas para que não restassem dúvidas...)
Um professor, muito falador e alegre contava aos jornalistas "imaginem que hoje de manhã veio ter comigo uma miúda em pânico a perguntar onde poderia comprar a pílula do dia seguinte... Já viu a confiança que os alunos têm connosco para nos virem fazer perguntas destas?"
E mais à frente: "nós não os controlamos nem tomamos conta deles. Eles andam à vontade".
E para rematar, quando o jornalista lhe perguntou como é que os pais autorizavam estas viagens ele disse "ah, porque eles nem imaginam o que se passa por aqui! Ninguém lhes vai contar!"
(isto não é textual, tenho pena de não conseguir reproduzir exactamente o que o "professor" disse, pois era de bradar aos céus!!)
Também não sei qual era a escola, mas deve ser uma escola sem professores... Pelo menos naquele grupo não estava ninguém que merecesse esse título!
26 de abril de 2006
...
Eu devia alegrar-me com a notícia pois na minha escola - dentro da minha sala - havia uma dessas crianças.
No último dia de aulas antes das férias da Páscoa não sabíamos, nem eu, nem ele, nem os colegas, que não voltaria no 3.º período.
Porque entretanto foi entregue pelo tribunal a uma dessas instituições.
Ainda não entrei em contacto nem com ele nem com a instituição pois não sei se o devo ou posso fazer.
Mas os colegas estão a escrever-lhe cartas e a fazer desenhos que lhe iremos enviar pelo correio.
Eu "perdi" o meu "companheiro" que acabava os trabalhos à pressa e se vinha pespegar ao pé de mim para observar tudo o que eu fazia e para conversar...
"Perdi" um dos grandes fãs do Blog dos Golfinhos...
"Perdi" o meu poeta...
Por isso, e como disse no início, acho que devia alegrar-me, no entanto não o consigo fazer!
Porque penso o que sentirá uma criança de 10 anos habituada a viver em liberdade e bem integrada no seu ambiente que conhece como ninguém, de repente enclausurada num mundo completamente estranho.
Por outro lado, sei que era negligenciado pela mãe: não lhe proporcionava refeições decentes nem a horas, não lhe lavava a roupa...
Se a mãe é que é a incompetente porque há-de ser ele o castigado?
Porque não tomaram esta medida quando ele tinha 2 ou 3 anos, se nessa altura houve acontecimentos ainda mais graves na sua vida?
Porquê esperar tantos anos?
E será que esgotaram todas as tentativas junto do pai, que mora perto, e com quem ele até passava muitos fins de semana?
Sei que ele agora deve estar limpo, asseado, com a mochila finalmente em ordem e sem fome.
Mas feliz duvido que esteja!
25 de abril de 2006
O 25 de Abril...
(desenho da Joana Cristina, 8 anos)
Mas não há só desenhos, também pesquisaram e contaram histórias...
23 de abril de 2006
22 de abril de 2006
Porquê???
Porque é que as pessoas em Espanha são Espanhóis e na Rússia não são Rissóis?
Porque é que na Suécia as pessoas são Suecos e em Marrocos não são Marrecos?
Porque é que em Marrocos as pessoas são Marroquinos e na Suíça não são Suínos?
Porque é que na Polónia as pessoas são Polacas e na Estónia não são Estacas?
Porque é que se diz Discoteca em vez de Discotoca se o disco toca e não teca?
Porque é que é espingarda em vez de espungarda pois faz pum e não pim?
Porque é que os que andam no mar são Marujos e os do ar não são Araújos?
Porque é que as batatas grelam e os grelos não batatam?
21 de abril de 2006
Frase... do a(s)no!
«Quem lida com o Parlamento sabe que há determinados dias em que os acontecimentos levam as pessoas a faltarem. Por exemplo, não se pode marcar uma votação por exemplo, quando o Benfica-Barcelona estavam a joga, ou quando há um acontecimento grande que as pessoas querem ver»
TSF online, 18 de Abril
(os erros e as frases mal construídas não são da minha autoria, fiz copy/past)
Face ao exposto tenho a propôr como dias em que não se deve trabalhar os seguintes:
- Não pode ser só quando joga o Benfica porque, apesar de tudo ainda vivemos em democracia. Portanto também não se deve trabalhar quando joga qualquer clube de futebol.
- E como nem só de futebol vive o homem, também não se trabalhará quando houver jogos de basquete, volei, ténis, etc...
- Não devemos trabalhar no dia do nosso aniversário nem dos familiares até ao terceiro grau, incluindo sogras.
- Também não se pode trabalhar no dia e na véspera de casamentos, baptizados e festas de anos, nossos e dos nossos familiares e amigos.
- Interdito ao trabalho ficam também as vésperas de feriados e o dia seguinte: na vépera temos de nos preparar e no dia seguinte temos de descansar.
- Jamais trabalhar à segunda-feira, porque estamos de ressaca do domingo.
- Jamais trabalhar à sexta-feira porque toda a gente sabe que as sextas são dias aziagos e também porque há que preparar o fim-de-semana.
- Não devemos trabalhar quando chove porque é chato pois a chuva molha tudo e ainda nos podemos constipar.
- Também não se deve trabalhar quando está muito calor porque baixa-se-nos a tensão, ficamos com tonturas e é um perigo andar por aí tonto...
Aceito sugestões para acrescentar à lista.
Agora vou descansar!
20 de abril de 2006
As férias da Helena
Como não temos tempo para publicar tudo o que escrevem, fazemos uma selecção de textos, que pode ser por sorteio (quando tenho muita pressa), por votação (quando há mais pachorra) ou por artimanhas (minhas) várias!
Mas o texto da Helena merece um destaque especial e por isso vou publicá-lo aqui.
A Helena é uma menina (já mulher) de 12 anos que vive com o pai, a madrasta, três irmãos e quatro meios-irmãos.
A mãe está na cadeia.
É ela - que é a mais velha das raparigas - quem, juntamente com a madrasta, "trata da casa" o que implica, entre muitas outras tarefas, lavar montanhas de roupa à mão.
E tanto ela como os irmãos andam sempre limpos e asseados...
Ah, e talvez seja importante acrescentar que a Helena é de etnia cigana...
«As minhas férias
Nas minhas férias eu vi televisão e brinquei com o meu gatinho e também brinquei com o meu irmão André e com a minha irmã Verónica e com a minha prima Mara.
E eu fui a casa da minha avó porque ela antes das minhas férias estava muito doente e não conseguia levantar-se da cama. O meu pai foi comprar os medicamentos para ela. E ela já ficou bem.
Eu fui ver os três gatinhos que acabaram de nascer. E eu fui a casa da minha tia e brinquei com o seu filho.
O meu primo veio da cadeia visitar-nos.
Ele só ficou quatro dias e ontem voltou para a cadeia.
Eu gostei quando ele veio. E o seu filho ficou feliz por ver o seu pai.
Eu fiquei triste quando ele foi embora.»
19 de abril de 2006
Professores de primeira, de segunda e por aí abaixo...
São professores que pertencem a uma escola mas prestam serviço noutra ou então fazem outos serviços que nada têm a ver com o curso que tiraram: trabalho nos sindicatos, nas antigas delegações e direcções escolares, etc.
Tenho colegas que saíram comigo do Magistério e nunca na vida deram aulas... Não teria nada contra esta situação não fora o facto de eles, embora não leccionando e tendo emprego garantido perto de casa, ganharem tanto como os que dão aulas e andaram anos por aí de trouxa às costas.
Também havia (e há) os destacamentos pela "lei conjugal": se tens a sorte do teu marido/mulher ser funcionário público tens a garantia de ficar a trabalhar perto de casa. Os outros... esses podem ir para onde calhar!
Há ainda os destacamentos por razões de saúde.
E aqui é onde se geram as maiores injustiças pois normalmente quem se "safa" nem são os que mais precisam... Os que realmente precisam muitas vezes já não têm direito a nada porque já não há vagas!
Acabar com todos os destacamentos e em vez disso ter a preocupação de colocar toda a gente o mais perto possível da sua residência, respeitando escrupulosamente o tempo de serviço de cada um, isso sim é fazer justiça.
E obrigar aqueles que fazem outros serviços a optar: ou vão para a sua escola ou ficam onde estão e perdem o direito à escola!
É que estes professores, num país de desempregados "acumulam" empregos: trabalham lá onde for, mas têm um lugar cativo na escola a que pertencem... E normalmente são efectivos porque, como tinham as costas quentes, podiam tentar efectivar-se a nível nacional - coisa que os outros não se podiam arriscar a fazer porque teriam de ir trabalhar para a escola que lhes calhasse!
E ainda por cima, quando ficavam efectivos passavam à frente de outros com mais tempo de serviço mas que não eram efectivos
E assim se foi perpetuando no tempo esta tremenda injustiça...
Até que ontem, sem mais nem menos, parece que resolveram acabar com os (alguns?) destacamentos...
Mas a pouco mais de dois meses do final do ano lectivo, obrigar as pessoas a mudar de escola??
Já não basta o sufoco de Setembro??
Não seria muito mais normal deixar terminar o ano e depois fazer os concursos com regras bem definidas?
E acautelar bem acautelados os direitos daqueles que tiveram entretanto a infelicidade de adoecer, mas que podem continuar a trabalhar se lhes criarem condições para isso?
Eu não sei mas parece que às vezes anda tudo doido!
Não andará?
(foto recebida por email)
18 de abril de 2006
O Francisco e os outros
Ao contrário de uma grande maioria da população - principalmente os mais novos - não conhecia o Francisco nem a sua personagem porque nunca vi a novela onde ele participava.
Mas sinto pena na mesma: pena de uma vida acabada tão cedo, pena pela família e pelos amigos.
Por outro lado, não nos podemos esquecer que neste fim-de-semana prolongado de Páscoa morreram mais sete pessoas...
Não sabemos o nome deles só porque não apareciam na televisão.
No entanto para familiares e amigos a dor é idêntica.
E todos os dias morrem jovens e menos jovens por essas estradas.
Uns porque são inconscientes, outros por causa deles.
Toda a gente se perturba, toda a gente se interroga do que poderá fazer para mudar as coisas, mas o certo é que fica tudo na mesma.
Menos para os pais que perdem os filhos.
Para esses a vida nunca mais será igual.
Infelizmente sei do que falo porque tenho três amigas que perderam os filhos em acidentes de viação.
Com coragem e vontade (e atacando mais um forte lobbie) há uma coisa que se poderia fazer, que talvez evitasse algumas tragédias destas - bastava evitar uma para valer a pena!
Porque não se fecham as discotecas às duas da manhã? (pelo que ouço dizer é a essa hora que começam a ficar "animadas"...)
Não era uma boa hora para estarem a fechar em vez de estarem a abrir??
É que para esperar até essa hora já muita gente transitou do café para o bar e só depois para a discoteca.
Devem ter de beber bastante para se "aguentarem" até de manhã naquele ritmo "alegre"...
Se alguém se der ao trabalho de fazer uma estatística sobre a que horas e em que locais se matam (ou matam terceiros) os nossos jovens a conclusão deve ser interessante...
Porque não pensar nisto a sério??
16 de abril de 2006
Uma fotografia por domingo (12)
15 de abril de 2006
Frase do dia
Se não tem remédio porque te queixas?»
Provérbio chinês
14 de abril de 2006
Antárctida
Mas não dei o meu tempo por mal empregue!
Com apenas três ou quatro actores (sem ser daqueles famosos), uma linda matilha de 7 cães, paisagens deslumbrantes e uma história de amor pelos animais conseguiram fazer um belo e comovente filme.
Tem ainda a vantagem de se poderem levar crianças, que é de pequeninas que devem aprender que os animais são seres inteligentes, com um forte instinto de sobrevivência, que arriscam a vida para salvar os seres humanos e que merecem por isso todo o nosso carinho e respeito.
13 de abril de 2006
O meu avô Augusto
Não é um avô como os outros, o meu era um avô especial.
Muito pequenina (antes de completar dois anos) viemos, por causa do emprego do meu pai, viver para outra terra, deixando a casa dos meus avós maternos onde tínhamos vivido até então.
Naquela altura morar a 50 Km era uma distância considerável, mas depressa o meu pai comprou um carro em segunda mão, um Fiat 600, para podermos ir passar os fins de semana a Vale de Cambra, à casa dos meus avós.
O meu avô pressentia a nossa chegada e esperava-nos à porta.
Tinha sempre um abraço e um beijo especiais e um chocolate Regina no bolso do casaco...
Aqueles sábados à tarde sentada na cama dele a ouvir rádio e a comer uma tablete de chocolate à dentada (coisa que não fazia em casa!) ficarão para sempre na minha memória.
As fotografias que tenho de quando era muito pequena a ele as devo, pois apesar de ser muito raro na época, ele já tinha uma máquina fotográfica.
Poucos anos mais tarde, logo no primeiro dia de todas as férias (Natal, Páscoa e férias grandes depois da "época de praia") eu e a minha irmã pespegavamo-nos à porta de casa de mala em punho, à espera da camioneta da fábrica "do meu pai" que transportava diariamente o leite para Vale de Cambra e nesses dias também nos levava a nós!
As férias grandes que nessa altura abrangiam Setembro e ainda entravam por Outubro adentro eram as mais divertidas: porque eram maiores, porque o tempo estava bom para brincar no rio e porque incluíam as vindimas...
O meu avô tinha um alambique que nos proporcionava (a mim, à minha irmã e aos meus três primos) as brincadeiras mais mirabolantes que se possam imaginar, porque o bagaço depois de cozido numa enorme caldeira, era atirado fora formando grandes montes mesmo bons para brincar, rebolar, saltar, enfim...
Ainda hoje o cheiro da aguardente é um dos meus cheiros preferidos!
Em Julho era a vez dele tirar uns dias de férias e vir connosco para a praia da Costa Nova onde costumávamos alugar casa.
Dava grandes passeios de madrugada pela praia e trazia-nos sempre conchas, leques e búzios.
Preparava o pequeno almoço e só então nos acordava...
Muito novo ainda, com pouco mais de 60 anos o meu avô sofreu um AVC... Com altos e baixos (teve alturas em que chegou a conseguir andar com ajuda duma bengala, mas também teve períodos de internamento por problemas vários), viveu assim 11 anos, mas sem nunca perder a esperança de se recuperar e de voltar a passar férias connosco na praia...
Morreu na noite de 30 de Março de 1982 e eu ainda tenho saudades dele.
12 de abril de 2006
A guerra dos livros escolares
Não aceitei nenhum deles, porque não concordo que se chame "acção de formação" a uma reunião tupperware mas para vender livros...
Entretanto, por estes dias na televisão um senhor da APEL solidarizava-se com os pobres professores a quem os mauzões do governo querem impedir que escolham os livros!
Imaginem!
Os livros vão ser seleccionados por uma "comissão" e os professores, taditos, terão de aceitar o que foi escolhido...
estamos quase na situação que se vivia nos anos 40 e 50, dizia o defensor dos professores!
O que este senhor finge ignorar é que somos autenticamente "bombardeados" com livros todos os anos.
Metade deles não vale nada, nunca deviam ter sido publicados porque são mesmo rascas...
Para que há-de alguma editora gastar dinheiro a produzi-los?
E pior ainda, alguns professores a adoptá-los, vá-se lá saber porquê??
Por outro lado se cada editora se limitasse a mandar cá para fora apenas uma colecção em vez de 3 ou 4, isso também ajudaria bastante...
E não só os professores: também ajudava os pais dos alunos pois todas estas acções só servem para uma coisa: encarecer os livros cada vez mais.
Há 15 anos que se fala em formar uma comissão que faça uma triagem e só deixe publicar livros com alguma qualidade.
Até agora nenhum governo teve coragem para a fazer avançar!
Será desta?
11 de abril de 2006
Bebés mais baratos
Vão a Espanha comprar o vosso bebé!
Isto porque em Espanha os bebés custam metade do preço dos nacionais!
"Eu ainda sou do tempo" em que se ia a Espanha comprar bacalhau, ananás em lata, brinquedos, LP's e os incontornáveis caramelos.
Mudam-se os tempos, mudam-se as compras??!
10 de abril de 2006
Violência "doméstica"
A mulher ou ex-mulher ou lá o que é do Pinto da Costa veio queixar-se de violência: parece que o Pinto da Costa lhe bateu...
Neste caso parece-me que esta "senhora" não agiu de boa fé, pois em vez de se dirigir a um hospital e fazer queixa à Polícia como faria qualquer pessoa agredida (e ainda por cima com marcas da agressão), ela foi queixar-se... a um jornal!
E lá está ela no jornal, com a camisola levantada, a mostrar o dói-dói...
Mas gente assim não merece mesmo apanhar??
9 de abril de 2006
8 de abril de 2006
Miguel Sousa Tavares
Adorava as crónicas que ele assinava na Máxima.
Vi-o duas ou três vezes na TVI mas não gostei, por isso deixei de ver...
Não gosto de fanatismos, nem que sejam clubísticos.
Consegue ser o homem que me (nos) espantou com o formidável romance "Equador", mas que disparata completamente em declarações na televisão, em crónicas de jornais e agora com uma espécie de "declaração" que circula aí pela net que dá pelo nome de "O cerco".
Aí tanto escreve coisas acertadas como logo a seguir borra a escrita com afirmações verdadeiramente repulsivas.
Não vou transcrever o texto que é enorme, só algumas declarações divididas em "boas" e "más".
Claro que é apenas a minha opinião, mas vale tanto como a dele...
"As boas"
- "fumo, incluindo charutos" (esta está incluída nas boas porque eu sou a favor da liberdade de quem fuma, desde que não seja na minha casa ou no meu carro - e cada um tome conta dos seus domínios - e quem se quer matar a fumar tem esse direito...)
- bebo
- vibro com o futebol
- acredito que as pessoas valem pelo seu mérito próprio e que quem tem valor acaba fatalmente por se impor, e por isso sou contra as quotas
- se eu escrever velho em vez de «idoso», drogado em vez de «toxicodependente», cego em vez de «invisual», preso em vez de «recluso» ou impotente em vez de «portador de disfunção eréctil», vou ser adoptado nas escolas do país como exemplo do vocabulário que não se deve usar.
"As más"
- não troco por quase nada uma caçada às perdizes entre amigos (eu sei que há muitos caçadores mas acho que não devia haver e pronto...)
- acho a tourada um espectáculo deslumbrante
- se eu tentar explicar por que razão a caça civilizada é um acto natural, chamam-me assassino dos pobres animaizinhos, sem sequer quererem perceber que os animaizinhos só existem porque há quem os crie, quem os cace e quem os coma (como se terão safado os animaizinhos antes da humanidade aparecer para os salvar??)
"As incongruências"
Por um lado diz: "deixei de acreditar que o Estado deva gastar os recursos dos contribuintes a tentar «reintegrar» as «minorias» instaladas na assistência pública, como os ciganos, os drogados, os artistas de várias especialidades ou os desempregados profissionais",
para logo depois dizer:"a Dinamarca não tem petróleo, mas é um dos países mais civilizados domundo: tem um verdadeiro Estado Social, uma sociedade aberta que pratica a igualdade de direitos a todos os níveis, respeita todas as crenças, protege todas as minorias(...)
E a melhor de todas:
"Se a uma senhora que anteontem se indignava no «Público» porque detectou um sorriso condescendente do dr. Souto Moura perante a intervenção de uma deputada, na inquirição sobre escutas na Assembleia da República, eu disser que também escutei a intervenção da deputada com um sorriso condescendente, não por ela ser mulher mas por ser notoriamente incompetente para a função, ela responder-me-ia de certeza que eu sou «machista» e jamais aceitaria que lhe invertesse a tese: que o problema não é aquela deputada ser mulher, o problema é aquela mulher ser deputada"
6 de abril de 2006
Quem são os piratas?
Até há quem diga na televisão - gente importante, que devia medir bem o que diz - que tirar umas músicas da net é a mesma coisa que roubar os CD's ou outros produtos das prateleiras dos supermercados...
Que exagero!
Quem anda na net a tirar filmes ou CD's antes ou na altura em que eles saem para fazer cópias e as vender, esses sim, são piratas!
Agora quem, como eu e mais não sei quantos milhões de pessoas, vai à net buscar uma música ou outra porque sabe que gosta de ouvir mas que vai ser sol de pouca dura? Que nem chega a sair do computador para nenhum CD?
Que a apaga do computador dali a um mês ou dois?
Ou então, como me acontece às vezes, tirar umas músicas para utilizar nas aulas... isso é crime???
E comprar (com o meu dinheiro) CD's e DVD's para usar na escola mas depois, em vez de levar os originais e andar sempre com o coração nas mãos com medo que se estraguem, faço cópias e levo.
Os alunos utilizam-nos à vontade e eu estou descansada porque se se estragarem tenho sempre o original e posso fazer outra cópia...
Isso é crime?
E o preço de cada CD ou DVD em relação ao preço de custo e ao que recebem os autores pelos seus direitos, não é criminoso?
E mais a mensalidade que pagamos para ter internet??
Eu respeito o direito dos autores mas sinceramente acho que tirar uma musica ou outra da internet não traz mal ao mundo nem é crime...
Quando eu gosto mesmo duma música compro o CD original, porque gosto das coisas como devem de ser. E jamais deixei de comprar um CD por causa disso...
_____________
Na semana passada o meu marido foi à Cabovisão para cancelar a assinatura da SporTV (que custa sozinha tanto como os 40 canais básicos da TV - 20,80€).
Esta semana telefonaram-lhe de lá a dizer para ele não desistir que lhe baixavam o preço para metade (10 euros) e ainda deixava de pagar o aluguer do descodificador (2,54 €)...
Afinal quem são os piratas???
5 de abril de 2006
Avaliando...
"a sua aprendizagem é dificultada por ter atitudes muito infantis" ??
Que queria eu que eles tivessem?
Atitudes de adulto?
Eu sinto-me incomodada a escrever estas coisas!...
4 de abril de 2006
Conclusões inconclusivas...
Toda a gente sabe aquela história que se aprende no liceu, do cientista que, para provar a sua teoria, põe uma pulga em cima duma mesa e vai gritando "salta" e a pulga vai saltando. Ele então vai-lhe arrancando as patas, até que a pulga, já sem nenhuma patinha, à ordem "salta" fica muda e queda.
Conclusão do cientista: "se arrancarmos todas as patas a uma pulga ela fica surda!"
Ensinavam-nos esta história para percebermos que, mesmo as experiências sendo bem feitas, é preciso ter muito cuidado para as conclusões não serem completamente disparatadas...
Lembrei-me disto hoje, a propósito duma notícia que ouvi na rádio, sobre a taxa de alcoolémia.
Concluía o jornalista que, como cada vez se apanham mais condutores com excesso de álcool no sangue isso quer dizer que cada vez se bebe mais...
Eu tenho cá para mim, por tudo aquilo que vou ouvindo e observando, que as pessoas que vão conduzir têm cada vez mais o cuidado de não beber!
O que está a acontecer é que há agora uma vigilância policial muito maior!
(e já não era sem tempo!)
2 de abril de 2006
As traições do português...
"Guiiidaaaaaaaaaa, anda comeeeeeeer"
Respondo eu:
"Já vou, deixa-me só acabar de fazer um garoto"
Risota geral na cozinha, ou não estivessem lá filhota e genro!
Uns maldosos, é o que é!
Pão-de-ló
Estive a ajudá-la mas impus as minhas condições: nada de "salazar" para rapar a bacia para a forma:
quem rapa a bacia sou eu!
Ela teve de aceitar, claro, até porque reza a lenda que eu apanhei do meu pai quando era pequena porque ele insistiu para que eu provasse a massa do bolo.
Eu disse que não queria porque aquilo não prestava...
Parece que levei uma palmada porque "nunca se diz que não se gosta duma coisa que não se provou".
A técnica do meu pai resultou: assim "convidada" a provar, eu provei e gostei.
E daí para a frente o problema passou a ser o contrário: eu fazia sempre questão de provar a massa!
Etapa por etapa, lá ia eu metendo o dedinho até à empanturradela final quando a massa vai para a forma.
E reza também a lenda que daí para a frente não se podia ralhar comigo por causa disso, uma vez que a culpada de tal "vício" não tinha sido eu!
Hoje essa história foi relembrada enquanto estávamos todos à mesa do lanche a comer o pão-de-ló, com o meu pai em franca recuperação.
O Tempo Entre Costuras
O Tempo Entre Costuras by María Dueñas My rating: 4 of 5 stars View all my reviews
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