8 de janeiro de 2007

Mas havia necessidade?

Já aqui disse, por várias vezes, que não percebo nem gosto muito de política.
Nos jornais e revistas salto sempre essa parte...
Há assuntos de que não gosto mesmo, outros não me interessam, outros há que não entendo.

Um desses que não entendo é o porquê do referendo à despenalização do aborto.

No meu entender (limitadinho...) penso que só deveriam ir a referendo aquelas situações que, uma vez votadas, vão interferir na vida de toda a gente (como era o caso da regionalização).

Agora o aborto?
Referendar para quê?
Não temos um governo e uma Assembleia da República, eleita por nós e que nos representa a todos e a quem compete legislar?
Então que legislem!

Fazer ou não fazer um aborto, é uma decisão pessoal que depende da consciência de cada um!

É que às vezes nestas campanhas dão-nos a impressão de que se ganhar o SIM vamos todas ser obrigados a abortar, mesmo quem não anda grávida!

8 comentários:

Anónimo disse...

Saltapocinhas, deixa-me dizer a minha opinião:
Primeiro, concordo contigo, nunca se devia ter feito um referendo, aquilo foi problema do Guterres às voltas com a sua consciência de católicoa intrometer-se nas quatões políticas.
Segundo, depois do primeiro,podemos divergir que se faça o segundo. O primeiro não serviu de nada porque não foi vinculativo, muita gente não foi lá. Agora podia avançar-se com uma lei e pronto. Quem defende este segundo, para além dos que esperam que ganhe o Não e, mantendo-se a ilegalidade continuem a prosperar os locais de aborto clandestino, estão os que receiam que sendo apenas uma lei, quando mudar o governo se vier um que pense o contrário mude outra vez a lei e fique tudo como estava. Com este referendo a coisa fica mais sólida.
Terceiro, tens toda a razão. O modo como muita gente pôe as coisas, até parece que existe quem «defenda o aborto» coisa que ninguém faz. Os defensores do Sim, desejam que quem o faz não seja julgado e preso, e que em determinadas condições se possa fazer em segurança como no resto da Europa. Aliás nos países mais avançados nesse campo, eles estão a ser cada vez menos (contráriamente ás mentiras que se dizem) porque as pessoas estão mais apoiadas.

Anónimo disse...

A questão básica parece-me bastante pertinente: o referendo deve ser usado (ou não) só quando a questão for de interesse geral? Bom, o Direito Constitucional diz que o referendo é a 'consulta à população mais a sua resposta por meio de votação sobre matéria constitucional ou legislativa de interesse nacional . No 'interesse nacional' e que a porca torce o rabo e, quanto a mim, devem os políticos também...

Anónimo disse...

Margarida, a política de que não gostas deve ser a dos interesses politiqueiros. Aí estamos de acordo. Pelo que tenho lido reparo que te interessa a verdadeira política. O problema é que dificilmente se consegue estar do lado interesante quando a lógica é de ambição pessoal ou do pequeno grupo.
A política dos valores e das pessoas que gostam de usar a moleirinha para pensar em tornar melhor a vida em sociedade, é capaz de ser interessante.
A questão do aborto até às 10 semanas é tão complicada, que não há político que não ambicione lavar as mãos no referendo.

Anónimo disse...

De certa forma este referendo justifica-se com o que o José António disse: os nossos políticos querem "lavar as mãos" desse assunto.
Curiosamente a ideia que apresentas é a veiculada pelos partidários do não que querem levar a questão para o acto de fazer um aborto e não para a despenalização.
Quanto a mim é uma questão de consciência, mas acho que a desgraçada com poucas posses que tem o azar de ser descoberta por ter feito tal acto não deve ser presente a tribunal, quando outras mais abastadas podem ir a Espanha.

Anónimo disse...

concordo que não há necessidade deste referendo, era legislar/despenalizar e pronto! =)

Hindy disse...

Beijinhos :o)

Anónimo disse...

Concordo plenamente.
Vou votar sim pela despenalização mas Nao pelo abroto, como é logico!

Anónimo disse...

*aborto, claro!

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