1 de junho de 2010

Afinal Mário Lino não estava assim tão errado

ao chamar deserto ao Sul de Portugal.
Só pecou por defeito: o deserto, para além do Sul, chega também ao Norte e ao Centro.
E vai continuar a crescer, com a ajuda do governo e da ministra da educação.
A única parte do país que escapa ao deserto é uma estreita (mesmo muito, muito estreita) faixa de litoral.


As escolas, mesmo que ainda tenham 20 alunos, irão fechar.
Não poderia haver maior ajuda à desertificação: qual é o casal jovem que quererá ir viver para uma terra onde não há escola? Onde teriam de arrancar da cama, de madrugada, crianças com 5 e 6 anos, depois metê-las num transporte, e só as voltariam a ver já de noite...

As prés e as escolas do 1.º ciclo não precisam de ser centros altamente tecnológicos, ao contrário do que pensam os iluminados deste governo. Este tipo de escolas têm é de estar perto da população, as crianças precisam de estar na sua aldeia e não desenraizadas num qualquer centro escolar!

Claro que a história das "melhores condições" é só para inglês ver, o principal motivo é a poupança de meios: professores, auxiliares, escolas a funcionar.
Mas, muitas vezes o barato sai caro, mesmo muito caro.
Neste caso, é o futuro de um país que se hipoteca.

4 comentários:

Há.dias.assim disse...

Hipoteca-se a toda a hora...

eskisito disse...

Depois admiram-se que haja desertificação nos pequenas terras e aldeolas do país. Se vão tirar a única coisa que ainda deve dar alguma vida a essas aldeias...enfim!

xunandinha disse...

Nem mais nem menos É MESMO ASSIM.bEIJINHOS

Kruzes Kanhoto disse...

Mais abandonar todo o interior e concentrar os portugueses todos numa faixa de 50 km´s a partir do mar.

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