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Este livro narra a saga da Natasha Kampush, que foi raptada e esteve prisioneira de um louco dos 10 aos 18 anos. Não é uma obra literária, mas vale pelo relato, na primeira pessoa,dessa experiência horrível.
Há coisas que não se entendem, como a sua ligação quase afetiva ao raptor (ela própria reconhece que deve ser difícil de entender para quem não imagina o que ela viveu) e a facto de não ter fugido antes, dado que saiu de casa com ele por duas vezes.
Também não fala da sua vida íntima (diz ela que não quer dar a conhecer essa parte da sua vida), mas uma explicação sobre o assunto teria interesse para a compreensão da sua história.
Uma coisa engraçada, que aprendi com este livro, foi que afinal, na rica Áustria também há desocupados que passam o dia a polir esquinas, há bêbados (o próprio pai da Natasha metia-se nos copos), há bairros sociais...
Segundo o seu relato, as educadoras e professoras também deixam muito a desejar.
É um relato impressionante, que vale a pena ler.