13 de junho de 2008

O Tratado de Lisboa

foi hoje rejeitado hoje pelos irlandeses.

Não conheço suficientemente o assunto para opinar sobre se o Tratado é (ou era) bom ou mau.

O que me faz espécie é ver um Tratado que irá interferir na vida de 27 países (cerca de 500 milhões de pessoas) ser chumbado por menos de 900 mil votos!
E mesmo no único país que o referendou, cerca de metade das pessoas nem sequer foram votar!

Não me parece muito democrático haver tão pouca gente a decidir sobre a vida de tantos!!
Mas isto sou eu a dizer... que nem pecebo nada de política!

5 comentários:

Anónimo disse...

Já somos duas.

Cá para mim os Irlandeses que fiquem lá com a sua ideia e a Europa que avance.

Alguma solução será tomada pois não pode a Europa ficar dependente de meia dúzia de cidadãos.

Não há regra sem excepção e vai aparecer uma para eles ficarem fora do tratado.

Carla disse...

Principais elementos do novo tratado europeu, o Tratado de Lisboa, que substituirá o projecto de Constituição europeia: - O Tratado de Reforma estipulado contém as emendas aos dois únicos tratados que o bloco vai conservar: o Tratado da União Europeia e o Tratado sobre o funcionamento da UE.
- Cria a figura de um presidente estável da União, eleito por um período de dois anos e meio, renovável uma vez.
- Cria o novo cargo de Alto Representante da União para Relações Exteriores e a Política de Segurança, que será ao mesmo tempo vice-presidente da Comissão Europeia e vai comandar um serviço de acção exterior.
- Instaura um novo sistema para o cálculo da maioria qualificada na tomada de decisões. A "maioria dupla" será adiada, no entanto, até 1 de Novembro de 2014, para atender à Polónia, que obtém outras garantias.
- Desaparece o veto em 40 âmbitos de acção suplementares, entre eles asilo, imigração e cooperação policial e judicial.
- A Comissão Europeia (órgão executivo), hoje com 27 membros, terá no máximo dois terços do número de Estados-membros a partir de 2014.
- Aumenta o poder de codecisão ou colegislação do Parlamento Europeu.
- A Carta Europeia de Direitos Fundamentais, que ocupava toda a parte II do Tratado constitucional, não faz parte do novo documento, que porém incluirá uma menção do seu carácter vinculativo.
- O Reino Unido obtém importantes esclarecimentos e restrições na aplicação da Carta ao seu território, assim como a Polónia.
- Maior papel dos Parlamentos nacionais.
- Reconhecimento da iniciativa popular: 1 milhão de cidadãos podem pedir à Comissão uma medida legislativa.
- A União Europeia terá personalidade jurídica única.
- Possibilidade dos Estados de abandonar a União.
- Novo mecanismo automático de colaboração reforçada na cooperação policial e judicial.

Foi basicamente a isto que os Irlandeses disseram não...

bjs

José António disse...

Eu duvido que não percebas de política, porque dizes (escreves) o fundamental: sem o apoio dos Povos não haverá um verdadeiro Tratado. E eu que supunha que os políticos estariam lá para tratar disso.

Pedro disse...

O problema é o facto de apenas o povo irlandês se poder pronunciar sobre este Tratado. O que os burocratas de Bruxelas fizeram foi trair a chamada cidadania europeia. Querem que o povo se interesse pela UE e depois ignoram a decisão dos cidadãos. Uma vergonha!!!

cereja disse...

Saltapocinhas, vê a coisa sob outro ângulo: porque é que os vinte e tal outros países não disseram nada? Porque não lhes foi perguntado!
A democracia não é tomar decisões importantes sem haver debate e informação. Tu própria dizes que nem sabes bem o que é esse tratado, não é? Eu também só tenho uma ideia geral. Portanto antes de mais nada isso devia ser esclarecido. Por outro lado não me convenço que se este referendo fosse feito por todo o lado que os outros povos todos estivessem de acordo. Lembrem-se do primeiro Tratado, que foi reciclado para chegar a este, e foi recusado pela França e Holanda...
E lá por isso, nem a França nem a Holanda foram 'saneadas'...

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