6 de dezembro de 2004

Banco Alimentar Contra... quê?

Decorreu este fim de semana mais uma iniciativa do Banco Alimentar contra a Fome.
Olho sempre com desconfiança para este tipo de iniciativas, embora quando confrontada com elas nunca me recuse a colaborar: para isso teria de expôr os meus argumentos, e as voluntárias que fazem os peditórios são as pessoas que menos merecem ouvir as minhas reclamações...

Talvez seja eu que sou mesmo mázinha, mas enquanto estou a trabalhar, há gente que passa a tarde na pastelaria ou na tasca (dependendo do sexo). Grande parte dessas pessoas vive do ordenado do marido (ou da mulher).
Dedicar-se a cultivar os seus quintais ou fazer umas horas em casa de alguém? Nem pensar, que isso cansa demais!
No entanto, são os primeiros a receber subsídios, rendimento mínimo e sei lá quantas ajudas!

Por outro lado, quem trabalha todo o dia numa fábrica e quando chega a casa ainda tem tempo de ir trabalhar na horta, de tratar da casa e das roupas dos filhos para os trazer bem arranjados e asseados, esses não merecem nada: pois se vivem tão bem!

Que raiva!!
Quando é que este país vai tratar bem as pessoas que trabalham e o fazem progredir e meter na ordem os que não fazem nada por eles abaixo???

(Isto não é ficção... estou para aqui a escrever e a ver os exemplos a passarem mesmo à minha frente!)

7 comentários:

O Turista disse...

Pois realmnte conheço exemplos de pessoas que vivem aqui perto que usufruem do rendimento mínimo e efectivamente passam o dia em pastelarias e cafés... é triste... é uma falta de consciência que acho surreal...
Mas o problema das generalizações é que há "casos e casos"...
Por via das dúvidas contribui para o BA!
Bjs

O turista - http://www.turistar.blogspot.com

Maria Papoila disse...

Concordo contigo. Os verdadeiros necessitados, muitas vezes não recebem nada. Eu acabava com o rendimento minimo. Bjs

M.P. disse...

Acho que tens razão no que criticas! Contudo... ainda há organizações de crédito com que se pode colaborar e a que referes no teu "post" é, penso eu, uma delas. **

Anónimo disse...

Tens razão mas eu acabo por contribuir sempre porque no meio dessa gente que não precisa e que tem preguiça de trabalhar há sempre a esperança que o meu contributo vá parar a casa de alguém que realmente precise!beijinhos*pekala

saltapocinhas disse...

@@ MP e PEKALA: Eu não critiquei a organização! E também contribuo sempre... Eu critico quem nada faz e vive à espera destas e doutras ajudas!!

Politikus disse...

Concordo em parte com as tuas afirmações... Mas atenção muitos dos alimentos destas campanhas são para associações de beneficiência social (como miudos abandonados, lar de idosos abandonados, etc..) De facto há muitos perguiçosos q não querem é trabalhar.

PARTILHAS disse...

Querida, nem todos os dias, te consigo ler... Deixa-me aproveitar hoje a comentar.
Continua a contribuir. Tens muita razão, quando dizes que há muito que possa trabalhar e não quer. Mas, das coisas que mais me afligem na vida é ficar sem saude, ou o meu filho. E eu não ter, nem como trabalhar, nem como lhe dar conforto a ele. Apavora-me a ideia. Nem que seja só a um... A minha mãe diz sempre que "as acções ficam com quem as pratica!" Beijinho

Não Fujas Mais

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