12 de março de 2005

O país dos farmacêuticos...

Quando era miúda morava numa vila de tamanho médio (e com muitas aldeias à volta) e onde só havia uma farmácia.
Muitas vezes acontecia que os medicamentos que eram necessários estavam esgotados e as pessoas tinham de esperar ou deslocar-se (normalmente de camioneta pois pouca gente possuía carro) à vila mais próxima, o que acarretava despesas e chatices...
Quando fiquei mais grandinha comecei a estranhar e a perguntar porque carga d'água não havia outra farmácia na vila.
Então o meu pai lá me explicava que não havia porque o "senhor doutor M." (que era o dono), não deixava que abrissem outra farmácia...

Mais de 30 anos se passaram e a situação continua idêntica: os farmacêuticos formam um "lobbie" de tal maneira poderoso que até hoje nenhum governo teve coragem de defrontar.
Hoje, em pleno discurso de tomada de posse, o novo primeiro ministro disse que a situação vai mudar.
Ainda nem bem tinha acabado o discurso e lá estava a "organização" farmacêutica a contestar uma medida tão "absurda"!
Tanta preocupação com a nossa saúde até comove!!

Ou vão-me dizer que é perigoso comprar Aspirina no hiper?
Ou será que pensam que o pessoal se vai suicidar com comprimidos para a prisão de ventre?
(Eu cá escolho um xarope para a tosse, daqueles docinhos!)

Não insultem a inteligência das pessoas!
Faço votos para que Sócrates leve a dele avante e não recue cheio de medo como todos fizeram até aqui...
A ver vamos, como diz o cego!

16 comentários:

bertus disse...

...também espero resultados práticos de tal afirmação por dois motivos: por oferecer ao consumidor possibilidade de escolha e avaliar da força governativa em defrontar o "edificio farmacêutico dono de todas as opções".
Mas acrescento que o estado deve pôr as contas em dia (sem ir ao nosso bolso) com a dita organização, para que não seja alvo de pressões ou chantagens, como é tão habitual na nossa terrinha...
Tem um bom domingo e intés!!

Anónimo disse...

Bem... isso realmente parece estar a mudar. Eu não me queixo. Aqui no local onde vivo, existem pelo menos 5 farmácias, localizadas perto umas das outras.

De que eu me queixo, é das farmácias de serviço permanente e dos seus locais.

Justifica-se e, tomamos por base, Vila Nova de Gaia, que perto do Hospital, onde se encontram 3 farmácias quase seguidas, desculpem lembrei-me agora de outra... 4 farmácias quase seguidas, tem dias, que fora do horário normal de funcionamento, não se encontre 1 de serviço?

O que quer dizer, que por vezes, para se encontrar uma farmácia de serviço, tem que se percorrer a freguesia toda ou ir a uma outra freguesia!

Porque não, 1 ou 2 farmácias por freguesia?

Qual o sistema de atribuição de farmácias de serviço?

Já repararam bem, quando se precisa de uma farmácia de serviço, onde ela se encontra?

Abraço :-)

darkman disse...

bem, qt a este post, bem espero q duma vez por todas as influencias e opressoes acabem!...

qt ao mourinho, detesto ser eu a dizer-te a verdade, mas o que se passa eh que ele eh, basicamente, um palerma! um arbitro sueco internacional acabou de retirar-se do futebol, por ameacas de morte que recebia em casa, tudo fruto do que mourinho disse! mourinho conseguiu ganhar a liga dos campeoes pelo porto e sair pela porta pequena! e pior de tudo, qd PT jogou contra Ingleterra no europeu disse q n sabi aquem queria que ganhasse porque ag Inglt ia dar-lhe emprego e tal!... ele vendia a me s preciso fosse...

ashistorias.blogspot.com
ospensamentos.blogspot.com

saltapocinhas disse...

@@ JESUSROCKS: E se comprares a Aspirina na farmácia ela deixa e ser perigosa?? Alguma vez, nalguma farmácia te avisaram que a Aspirina podia fazer mal? se a ti faz mal, já sabes que não deves comprar!!

lique disse...

Sinceramente também espero alguns resultados desta "vontade política", sobretudo por ser assim anunciada em discurso de tomada de posse. Veremos. Beijinhos e boa semana.

Estrela do mar disse...

...é...realmente...não haver farmácias suficientes...nunca entendi...há lugares em que mal se dá "dois passinhos"...encontra-se logo uma farmácia...e noutros ...SIMPLESMENTE O OPOSTO!...o que é uma autêentica vergonha!...

Tem uma boa semana amiguinha.
um beijinho* grande.

afigaro disse...

Abaixo os "lobies", já!

Dra. Laura Alho disse...

Repugna-me a oposição à ideia do novo primeiro ministro, por várias razões. Primeiro porque acho uma hipocrisia dizer-se que vender medicamentos não sujeitos a receita médica noutros locais constitui um perigo para a saúde pública. Então porquê? Se eu me quiser enfartar de comprimidos para a prisão de ventre, vou à farmácia, compro a dose que me apetecer sem qualquer problema. Qual é, então a difença, em comprar estes medicamentos na farmácia ou noutro sítio qualquer?? Segundo, falam todos de boca cheia, mas se estivessem na situação de milhares de pessoas que não têm uma farmácia perto de casa, se calhar pensavam melhor no problema...
E depois, acho que o "perigo para a saúde pública" é um argumento vazio. E faço votos para que esta hipótese avance, livremente! Precisamos de mudanças...

Amaral disse...

Estou contigo!
Repara que, cada vez mais, os medicamentos comparticipados vão sendo menos. Temos que pagá-los por inteiro, ainda por cima, aqueles que tratam as doenças crónicas, outros que ontem eram, hoje já não são... uma embrulhada!
Acontecem depois outros pormenores: dias e dias à espera duma consulta, receitas com caixas grandes (quando se tomam meia dúzia, e o resto vai pró lixo), os interesses por detrás da propaganda médica, enfim...
Já a minha avó ia ter com o farmacêutico lá da terra, quando estava doente(?)...

Confessionário disse...

Não vou comentar (desculpa). Vim só para dizer que já votei, e vou votar mais vezes. Ok?

Anónimo disse...

Este post merece da minha parte muitos comentários. Vou escolher um à sorte. Aqui vai: Se as farmácias vendem sapatos, perfumes, cremes, produtos de beleza, produtos para emagrecer, meias elásticas, chás, ervas, "camisinhas", brinquedos para bébés, adesivos entre outras raridades... porque motivo o meu merceeiro não pode vender aspirinas ou outros produtos farmacêuticos ??? Pois....só que a questão não é só essa, pois não?

PARTILHAS disse...

Polémica... e inteligente, como sempre...
Bem, eu concordaria mais com a liberalização do mercado das farmácias. Ou seja, parece que só é permitido abrir uma farmácia por um X nº de habitantes...
Como eu defendo a lei da oferta e da procura, parece-me que seria uma maneira de reduzir os preços... a concorrência pode ser saudável...
Quanto aos hipers...
Não sei se acho boa ideia uma criança comprar 10 caixas de aspirinas... mas afinal, hoje podem comprar 10 frascos de alcool... o que é que é mais perigoso? Ou lixivia...
Confesso que defendo a liberalização das Farmácias... mas não me sinto confortável com a ideia dos medicamentos nos hipers... mas, não posso dizer que sou contra... nem a favor...

Anónimo disse...

O comentário não saiu... pelo menos não o vejo e realmente deu-me indicação de erro. Dizia eu que gostaria de acreditar, mas por vezes não basta a vontade... o lobby das farmacêuticas é muito poderoso. A ver vamos... // Uma nota: só hoje reparei no banner que tens ao fundo da página contra o uso de peles. Parabéns :) Beijo grande :)

Anónimo disse...

O comentário não saiu... pelo menos não o vejo e realmente deu-me indicação de erro. Dizia eu que gostaria de acreditar, mas por vezes não basta a vontade... o lobby das farmacêuticas é muito poderoso. A ver vamos... // Uma nota: só hoje reparei no banner que tens ao fundo da página contra o uso de peles. Parabéns :) Beijo grande :)

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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Não Fujas Mais

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