20 de março de 2008

Vamos avaliar?

Já que muitos jornalistas e comentadores defendem e compreendem o modelo proposto para a avaliação dos docentes, estranho que, por analogia, não o apliquem a outras profissões (médicos, enfermeiros,juízes, etc).
Se é suposto compreenderem o que está em causa e as virtualidades deste modelo, vamos imaginar a sua aplicação a uma outra profissão, os médicos.

A carreira seria dividida em duas: médico titular (a que apenas um terço dos profissionais poderia aspirar) e médico.
A avaliação seria feita pelos pares e pelo director de serviços.
Assim, o médico titular teria de assistir a três sessões de consultas, por ano, dos seus subordinados, verificar o diagnóstico, tratamento e prescrição de todos os pacientes observados.
Avaliaria também um portefólio com o registo de todos os doentes a cargo do médico a avaliar, com todos os planos de acção, tratamentos e respectiva análise relativa aos pacientes.
O médico teria de estabelecer, anualmente os seus objectivos: doentes a tratar, a curar, etc. A morte de qualquer paciente, ainda que por razões alheias à acção médica, seria penalizadora para o clínico, bem como todos os casos de insucesso na cura, ainda que grande parte dos doentes sofresse de doença incurável ou terminal. Seriam avaliados da mesma forma todos os clínicos, quer a sua especialidade fosse oncologia, nefrologia ou cirurgia estética...
Poder-se-ia estabelecer a analogia completa, mas penso que os nossos 'especialistas' na área da educação não terão dificuldade em levar o exercício até ao fim.

A questão é saber se consideram aceitável o modelo? Caso a resposta seja afirmativa, então porque não aplicar o mesmo, tão virtuoso, a todas as profissões?

(recebido por mail, desconheço o autor)

3 comentários:

Amaral disse...

Uma Páscoa santa e feliz!
E muitas guloseimas que inventem muitos outros doces momentos..

Didas disse...

Bem... o nosso é pior. Posso escolher dos professores?

José Faria disse...

ORA, VIM CÁ COM OUTRO MOTIVO.
o DE DIVULGAR O QUE NA MINHA TERRA A MINHA GENTE AINDA VAI PREGANDO POR AMOR À TRADIÇÃO E/OU À FÉ!
Páscoa feliz!

O COMPASSO

Anda a sineta tão persistente,
Na freguesia sempre a tocar.
Soa aos ouvidos de toda a gente,
De todas as ruas, de qualquer lugar.

Vem o compasso, é festa é alegria,
Traz água benta, o incenso e a cruz.
E ouvem-se vozes: Aleluia!
Já todos beijam os pés a Jesus.

Entram em casas, casebres, vivendas,
Em todos os lares, de rico ou pobreta.
Em cada visita recebem oferendas,
Persistente na rua toca a sineta.

“Tenha esta casa e quem nela mora
Viver fraterno, saúde e amor!”
E logo o compasso não se demora,
Lá vai de novo com a cruz do Senhor.

Estão as soleiras atapetadas,
Há verdes, flores e rosas no chão.
E não para o sineiro as badaladas
É festa e alegria do povo cristão.

Jesus ressuscitou, Aleluia!
Salta água benta do alecrim.
Anda o compasso numa euforia,
E canta a sineta tlim, tlim
Tlim, tlim. Tlim, tlim!

José Faria

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