Logo mais à noite vai haver "Prós e Contras" e mais uma vez sobre educação.
Eu sei que vou ver, mas ao mesmo tempo acho que não o devia fazer.
Este assunto incomoda-me tanto que até me enjoa fisicamente!
Sobre o que sentem os professores, vou transcrever algumas declarações do professor Pedro Nuno Teixeira dos Santos, (no blog Educação do meu umbigo") que em princípio e apesar de bastante sacrifício pessoal, lá vai estar.
E transcrevo porque subscrevo completamente e não era capaz de o dizer tão bem!
«Na minha escola, os professores mais inconformados com a actual situação são os mais competentes, ou seja, os que supostamente teriam algo a ganhar com esta avaliação. Precisamente porque vislumbram nela uma “hipocrisia” que nada mudará nas escolas.»
(na minha também!)
«Sim é certo, existe uma minoria de professores pouco competentes. Como em todas as profissões…Os executivos sabem bem quem são. É por isso que, no início de cada ano, não lhes atribuem determinados cargos, como o de director de turma em que se lida directamente com os pais.»
(completamente verdade: os piores professores ainda são premiados porque, normamente, não têm qualquer cargo!)
«Os professores começam a dar aulas, após um ano de estágio onde foram avaliados por orientadores científicos e pedagógicos, na própria escola e na universidade. Se o governo considera que após 3 ou 4 anos de estudo e um ano de estágio é uma simples prova que permitirá aferir quem, de entre todos esses candidatos, reúne condições para ensinar, a conclusão é fácil de tirar: o ministério da educação não confia nas universidades portuguesas!»
(se calhar até há escolas que não nerecem confiança. Então fechem-nas!!)
O ano passado tive uma inspecção na minha escola. (...)
O que os incomodou foram os papéis…Ou a falta deles.»
(tal e qual como na minha: os papéis é que são importantes!!)
Força, Pedro!
Que não te faltem as palavras!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O Tempo Entre Costuras
O Tempo Entre Costuras by María Dueñas My rating: 4 of 5 stars View all my reviews
-
André Bárbara Davyd Diana Gabriel Helga Mafalda Margarida Mariana Nicole Rafael Rod...
-
Entre o gramado do campo Modesto, em paz se escondia Pequeno pirilampo que, sem o saber, luzia. Feio sapo repelente Sai do córrego lodoso, C...
10 comentários:
Prefiro não comentar para não ferir susceptibilidades numa época tão sensível como esta... a "minha guerra" (que não é guerra nenhuma... apenas constatações de factos) com a classe mais privilegiada deste país já dista a épocas que ainda nem sequer se falava em avaliações. Aliás, eu pergunto, houve algum ministro da educação que não tivesse problemas com esta classe?
"a classe mais privilegiada deste país" é que eu não entendo!
só quem não faz ideia do que é o nosso trabalho pode pensar que somos privilegiados!
a nossa profissão é diferente das outras, só isso!
patra o melhor e para o pior!
Nem vou dizer nada...também eu vou ver o programa...apenas continuo a dizer que embora esteja no privado estou nesta luta !
bj
Aquela dos cargos é para mim. Eu não tenho cargos e fujo deles como o diabo da cruz. Se sem cargos o tempo já escasseia, olha com cargo.
O Micróbio é isso mesmo. Podia tão bem ser professor e vai, não quis dar esse prejuízo ao Estado.Foi pena. Mas as universidades continuam com o curso aberto e é uma coisa tão boa que os meus filhos fazem publicidade negativa junto dos colegas que querem vir a ser professores. Por que será?
bom mesmo é cá nas terras dos papagaios. Onde professores formas, com pós-graduaçao e até mestrado sao substituidos em sala, sem nenhuma orientaçao, por meninos e meninas que estão em começo de curso.
Viva o nosso interesse pela educaçao do povo.
errata:
leia-se: formados.
Estamos de acordo numa coisa, finalmente. A mim, isto também já enjoa fisicamente.
Eu nunca fui professor!
Tive-os, muitos, uns Bons, outros Maus e outros, Assim Assim.
Os maus eram como os micróbios, que tudo infectam, espalhando a doença, sem remissão. Os bons, esses, recordamo-los, sempre atá ao fim da nossa vida, ainda que não tenha, para nós, sido agradável tê-los. Os, assim assim, eram uns gajos porreiros e gajas, porque não, até são em maior número, que foram deitando remendos e sustentando, esta estado de coisas.
Mas tive gente da família, nessa profissão, a minha mulher e um filho. Para a boa sanidade mental, deste casal a roçar a terceira idade, a matriarca da famólia já se reformou e vejam só, trabalhou dois anos mais do que devia. Como prémio, quando se reformou, ficou a ganhar menos que as colegas da idade dela que se reformara no tempo exacto. Coisas do micróbio.
O filho, depois de dar aulas e de aturar micróbios desses, resolveu que tinha uma vida para além do ensino, com filhos para criar e que a situação de stress contínuo a que estava sugeito, aliada à péssima retribuição, não em dinheiro mas em dignidade, decidiu abandonar, assim mesmo.
O TODO, leia-se : OS PROFESSORES, não podem ser tratados assim, se os há maus, e todos sabem quem são, acabem com eles, demitam-nos, sem reforma sem quaiquer direitos, mas, aos outros, a grande maioria, tratem-nos com o carinho e a dignidade que merecem os educadores dos nossos filhos, netos e de toda uma geração que tem que melhorar, para substituir os corruptos dos micróbios que nos destroem a vida.
Enjoa,sim,mas o vómito tem que sair...como tu e a maioria da classe,não a priviligiada,está com força a "dar" força ao Pedro,porque põe as palavras no sítio e com sentido.
Até quando papeis para mofo???
Obrigada por escreveres sobre assuntos sempre pertinentes.
RS(dolcevita)
Eu também não vi, Saltapocinhas.
Por um lado tive que fazer nessa noite e por outro considero-me elucidada. Aqui o Palmeiro disse tudo o que eu também diria - conheci professores de todos os tipos - maravilhosos, 'normais', e péssimos. Mas, como em todas as profissões, quanto mais se dignifica melhores resultados se têm, e a inversa é obviamente verdadeira.
Enviar um comentário