11 de abril de 2005

"Herrar é umano"

A minha "homepage" é a EDUCARE porque é uma página interessante e informativa.
Todos os dias, quando abro o computador, fico num relance a saber o que de importante se vai passando no reino da educação.
Leio os títulos e vou lendo também os artigos que me interessam.
Há no entanto uma artigo de opinião que leio sempre (às vezes até imprimo e guardo), pois admiro o seu autor e a sua escrita.
Chama-se "Aprendiz de Utopias" e o autor é o professor José Pacheco. Mas, desta vez, não gostei do seu artigo. Chama-se "Herrar é umano" e podem ler aqui.

Resumindo: ele quis mostrar uma escola ao neto e resolveu fazê-lo no período de férias da Páscoa. Lógico que a escola estava fechada... Insurgiu-se depois com a segurança à porta da escola, com as salas vazias de alunos, com as carteiras alinhadas, com a campaínha a tocar mesmo em férias.
Francamente não sei o que estaria ele à espera de mostrar ao neto...
Mais uma vez repito que tenho muito respeito por este professor e pela sua sabedoria. O que não quer dizer que concorde com tudo o que escreve ou com tudo o que preconiza para as escolas.
Desta vez acho que levou a utopia longe demais...

***Frase do dia***
«Nesta vida tudo passa, até a uva...passa!»

10 comentários:

Didas disse...

Pois... é que na verdade, na interrupção lectiva da páscoa, os senhores professores não estão realmente "em férias" pois não? Essa é uma parte que, mesmo tendo sido já profe em actividade, nunca entendi.
Talvez porque também conheço o outro lado, o das pessoas que têm que ir para o emprego todos os dias da semana e só têm mesmo os 22 dias de férias por ano.

Anónimo disse...

Realmente, rica altura para fazer visitas! Bj da Fernanda

Dra. Laura Alho disse...

Li e estive tentada a comentar o texto, mas acabei por não fazê-lo. Ainda. Vou refelctir melhor sobre o assunto.

No entanto, não concordo com a visão do professor, de modo algum. A vida real, é outra coisa. As utopias não passam disso mesmo - utopias.

Beijos *

bertus disse...

...percebo o desalento do professor ao não conseguir mostrar uma escola ao neto, em tempo de férias escolares...
Penso no entanto, que o prof. pretendeu (e isso conseguiu!) dizer à criança que a "escola" que ele idealizou, não existe, nem nunca existirá; porque não vivemos nem nunca viveremos uma existência de "conto-de-fadas", onde a quase perfeição se atingiria com um estalar de dedos.Claro que há coisas que podem (e devem!) levar uma volta bem grande (e o "edificio" educacional não é excepção), mas "varinha mágica"...só na cozinha.


Intés!!

Cândido M. Varela de Freitas disse...

Recebi o recado... Sabes, já tinha passado por cá, já tinha ido ler o artigo, mas não comentei. Eu conheço pessoalmente o José Pacheco e admiro o que ele fez na Escola da Ponte, que de facto é qualquer coisa de diferente. Mas reconheço que por vees exagera um pouco, por pura provocação. É, nessas alturas, o que os franceses chamam um "poseur". Eu sou dos que lutam por professores profissionais - mas não vou ao ponto de nos poucos dias de férias da Páscoa exigir que as escolas permaneçam abertas como em dias normais. Acho que tens razão. Mas continua a ter em conta o Zé Pacheco, porque ele merece!

Cândido M. Varela de Freitas disse...

Ah! não tenciono deixar de escrever. Apenas quis tornar claro para mim e para quem me lê uma certa evolução de estado de espírito. E o teu blog não cai no campo dos que eu referi, claro. É muito diferente de tudo o resto.

red hair disse...

Tudo muito exagerado! Assim como o primeiro comentário que li aqui! Também queria ver estas pessoas que reclamam que os professores não deviam ter senão os 22 dias de férias, a leccionar.Ó se queria! E só os queria ver durante um mês! Nem precisaria de mais para me deitar para o chão de tanto rir!!! Do lado de cá as coisas são sempre diferentes! Graças a Deus as escolas fecham. Tanto para alunos como professores. Para bem da nossa sanidade mental! (ai mulher, tu sempre arranjas temas mais polémicos! Deixa-me ir que me está a dar cá uma comichão. É melhor calar-me!)

Anónimo disse...

Todos temos direito aos nossos períodos de pausa. Os professores podem não estar lá, mas isso não significa que não estejam a trabalhar (isto no seguimento do que é dito no primeiro comentário). Estão se calhar em casa a rever testes ou andam em reuniões por causa das notas. Isto fez-me pensar numa célebre máxima que me aborrece um pouco: 'não basta sê-lo, tens de parecê-lo'. Beijo grande.

Didas disse...

MWoman, lê malhor, eu já leccionei durante vários anos, sei bem do que falo, não se façam vítimas ok?

Leonor disse...

...e no entanto, Saltapocinhas,a escola nas interrupções lectivas continua linda na sua diferença: as salas vazias sem os miudos, o qudro limpo à espera de um novo período,as cadeiras arrumadinhas à espera de nova balbúrdia...só para quem passa a vida na sala é que conhece este sabor da escola quieta.

Não Fujas Mais

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