19 de julho de 2006

História de arrepiar

Começa amanhã (aliás, hoje) a delinear-se o futuro da bebé Letícia.
Não pude deixar de ficar arrepiada ao ler este artigo!

Se formos pelo mais comum (e cómodo?) temo que o juiz entregue a bebé à avó.
Não gostava de fazer aqui juizos de valor acerca de pessoas que nem conheço, mas parece-me que esta avó já provou não ser em condições de tomar conta da neta...
Se não como se justifica que um bebé com menos de três meses tenha sido internado quatro vezes por maus tratos e ela não tenha feito nada?
Desculpado também não pode ficar o Hospital de Viseu: que as assistentes sociais fossem lá a casa, olhassem para um bebé no berço e não notassem nada de estranho, eu ainda engulo.
Agora os médicos dum hospital? Será difícil descobrir que um bebé está a ser maltratado? Quatro vezes em 50 dias não são acidentes a mais?
Além disso um bebé de menos de três meses não "cai das escadas", nem se magoa nas brincadeiras com outros meninos...

De qualquer maneira não gostava de ser juiz em tal processo!
Só posso desejar boa sorte à Letícia!
Que ela tenha finalmente uma vida digna, numa família que a ame, pois a dose que ela leva de sofrimento já lhe chega para a vida.
E, como escreve a Isabel Stilwel na Notícias Magazine desta semana, que no dia em que a entreguem finalmente a uma família, lhe mudem o nome para que nem ela nunca venha a saber quem foi a Fátima Letícia.

7 comentários:

Anónimo disse...

Epá o que mais me irrita é que há tanta tanta tanta gente a querer adoptar uma criança,disposta a dar casa,amor e carinho e a merda dos tribunais e das assistentes sociais ou lá que pôrra é só dificultam e insistem em dar as crianças às famílias quando já está mais que provado que são estas que as maltratam!que nojo!!!!
(desculpa a linguagem)

Anónimo disse...

Mas a verdade é que é nesta Verdade Social, que vivemos.logo há que, mudá-la.
- Como?
- Se não houver outra maneira que a democratica votação, lá terá que ser, se não?
-Teremos que ser mais eficazes!
Viver assim, ou melhor, conviver assim, não vale.

saltapocinhas disse...

Pekala Aquela bebé de que eu contei a história no natal está ainda numa instituição. Já tem 7 meses... Entretanto os burocratas andam à procura do pai, que terá a preferencia na adopção. Só que nem a mãe sabe quem ele é, ou se sabe não o diz... E para ali está a bebé numa instituição quando já podia ter uns pais a sério. QUE RAIVA!!

José Mudá-la como? Eis a questão!!

Anónimo disse...

Quando as pessoas não ajudam e a burocracia complica, continuaremos a ter muitas Letícias a sofrer.

afigaro disse...

Nunca gostei muito de histórias da "desgraçadinha"!Hum!...vá lá uma provocação. E se o ensino em Portugal fosse outro? Haveria envolvimento dos docentes? Possivelmente, era capaz de haver. Ah! Mas com sindicalistas novos.

Anónimo disse...

imagens de um país surreal. Quantas mais Letícias existem...esta é apenas o que se sabe. É uma pena, uma dor, um aperto no coração que nos faz tornar os dias menos alegres e mais penosos.
Beijinhos

Anónimo disse...

É arrepiante, a história. Se dependesse de mim, a menina era entregue a uma família capaz de a amar como qualquer criança merece. Uma família que morasse muito longe da que, infelizmente, ainda é a dela.

O Tempo Entre Costuras

O Tempo Entre Costuras by María Dueñas My rating: 4 of 5 stars View all my reviews