8 de outubro de 2008

Mais fábulas..

Todos os dias, 4 vezes por dia, passo ao local onde houve um acidente no início de Agosto.
Não dá para o esquecer pois ainda lá estão todas as marcas do acidente, a parede chamuscada e os vidros no chão.
Nesse acidente morreu um rapazito de cerca de 20 anos, por isso, se mais nenhum motivo houvesse, esse deveria ser suficiente para que limpassem o local.
Mas não.

Aqui há tempos, vi na televisão uma reportagem sobre um acidente com portugueses em Espanha.
O acidente tinha acontecido de madrugada mas à tarde, quando o jornalista foi ao local fazer a reportagem, já andavam lá os trabalhadores a repôr os rails de protecção...
Por cá, passam anos sem os rails serem consertados depois de um acidente.

O que provocará estas diferenças de atitude?
Não acredito que seja um problema financeiro pois os trabalhadores devem estar em algum lado, não são contratados por haver um acidente.
Parece-me mais um problema de incompetência de quem tem de gerir estas coisas, incluindo as limpezas das nossas ruas.

Uma vergonha, é o que é!

7 comentários:

Carla disse...

É apenas uma entre as inúmeras discrepâncias que existem entre nós e o país vizinho...

bjs

cereja disse...

Sabes que muitas vezes (então lá no Pópulo estou sempre a falar nisso) dou como exemplo Macau, onde as coisas, sobretudo obras se faziam de um dia para o outro. num vi tal rapidez que até parecia demais.
Contudo o caso português ultrapassa tudo o que se pode imaginar. Para mim é a incompetência completa da gestão de recursos.
Como disse há pouco no Pópulo, em Macau construíram um Aeroporto em menos tempo do que está a levar unir duas estações de metro de Lisboa (da Alameda a S. Sebastião)
Não consigo entender o que andam a fazer há quatro ou cinco anos num caminho que a pé se faz em menos de 15 minutos.

saltapocinhas disse...

é incrível emiele, bastava mandarem passar lá alguém com uma vassoura e uma pá!
agora imagina a família do rapaz a passar por ali todos os dias!
já para não falar do perigo que é haver vidros pelo chão!

G_ticopei disse...

Realmente neste cantinho à beira mar plantado passam-se coisas mirabolantes. Na minha rua por exemplo, quando construímos a nossa casa, tivémos que ceder terreno que serviria para alargar a estrada e construir passeios. No ano passado, peguntámos na Junta para quando o arranjo da rua, uma vez que nem passeios, nem alcatrão. O terreno que tinhamos dado lá continuava em terra. Nessa altura disseram-nos que para breve nem pensar, uma vez que iria ser arranjada só quando fosse colocado o saneamento. A semana passada vimos com espanto movimentações de máquinas na rua e quando perguntámos o que ia acontecer ali, disseram-nos que iam alcatroar a rua, ao que eu respondi: "Ai que bom, já vou ter passeios...". "Ai não vai não, que nós não estamos aqui para isso. É só alcatroar..." Lá fomos reclamar, para que ao menos os lancis fossem colocados,e não deixar a terra toda por ali ao calhas... Lá vieram assentar os lancis, mas se não reclamássemos ficava assim... uma rua remendada sem passeios nem nada...É como quem diz; "vamos lá tapar uns buracos que já ficam todos contentes..."
Desculpa o testamento, mas com governantes assim, não dá para competir com ninguém...

ameixa seca disse...

E porque raio é que a Espanha ainda não tomou este país de uma assentada? Ninguém nos quer... é o que é!

Migas (miguel araújo) disse...

Mais do que vergonha, é o culto da mediocridade e da irresponsabilidade.

Anónimo disse...

A história da g_ticopei faz-me lembrar o caso da casa dos meus pais. Quando construíram a casa há quase 22 anos, também assinaram um papel em q teriam q ceder o terreno ao lado da casa (desde essa altura com jardim) à Câmara quando ela continuasse a estrada. Até hoje nada! Ñ percebo estas coisas e outras mais...

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